COTIDIANO
Detento pode ter encomendado morte de adolescente por ciúmes
Joseane Pessoa da Costa, de 16 anos, morreu com quatro tiros em Mandacaru. Delegado tem o nome de um suspeito. Na mesma noite, viciado em drogas foi executado em Santa Rita.
Publicado em 13/08/2010 às 7:16
Karoline Zilah
Ciúme. Este pode ter sido o motivo do homicídio de uma adolescente de 16 anos na madrugada desta sexta-feira (13) no bairro de Mandacaru, em João Pessoa. Joseane Pessoa da Costa foi executada com dois tiros na cabeça e dois nas costas, possivelmente pelos ciúmes de um presidiário com quem ela tinha um relacionamento amoroso. Somente em João Pessoa, o saldo já é de cinco mulheres assassinadas em cinco dias.
O delegado Allan Murilo Terruel, da Delegacia de Homicídios da Central de Polícia, levantou as primeiras informações com a família da vítima e já tem o nome de um dos suspeitos. Segundo ele, a moça já chegou a falsificar um documento para visitar o namorado na prisão, mas a farsa foi descoberta. A suspeita é de que o detento tenha encomendado a morte da adolescente por desconfiar dela.
O crime aconteceu por volta da 1h na rua Airton Cesário, na casa onde Joseane morava com a avó, na comunidade Porto de João Tota. Foi a avó de Joseane quem pediu socorro à Polícia Militar quando viu que a neta estava baleada, mas a adolescente não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Testemunhas revelaram que um homem bateu na porta da casa de Joseane de madrugada e pediu uma bicicleta emprestada. Enquanto isso, um outro se aproximou e disparou os tiros contra a moça. Um dele estava encapuzado, mas o outro não se preocupou em esconder o rosto, o que facilitou a identificação do suspeito. O nome do presidiário com quem Joseane tinha um relacionamento também foi dito ao investigador.
O delegado convocou diligências em busca do suspeito para que ele seja detido em flagrante e preste depoimento sobre seu suposto envolvimento com o homicídio.
Em Santa Rita
No município da região metropolitana, a polícia está à procura de dois irmãos identificados apenas como Josinalva e Josinaldo, também conhecido como 'Nêgo', acusados de terem matado o ajudante de pedreiro Roberto Francisco da Silva, de 32 anos. O crime aconteceu na comunidade Jardim Carolina, no bairro Marcos Moura, às 20h30.
Ele foi executado na presença da esposa e de uma criança, a cerca de vinte metros de distância de sua casa, na rua Rita Rodrigues de Albuquerque. Quando percebeu que estava sendo perseguido, Roberto e a esposa ainda tentaram correr. A criança, com quem o casal conversava, e a mulher da vítima ainda conseguiram fugir, mas Roberto foi atingido pelos tiros e morreu no local.
Os parentes da vítima informaram que Roberto e a esposa eram usuários de drogas, e que possivelmente pode ter sido assassinado por causa de alguma dívida com traficantes. Ninguém foi preso até o momento.
Atualizada às 8h10
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