Dez detentos fogem após falta de energia

Dez detentos da cadeia pública de Mamanguape, no Litoral Norte do Estado, aproveitaram um apagão de energia elétrica para fugir da unidade de detenção, por volta das 23h30 do último domingo.

Conforme o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, gerente do Sistema Penitenciário, os presos serraram as grades da cela, tiveram acesso ao pátio e utilizando uma corda improvisada com lençóis conseguiram fugir pelo muro.

Segundo Arnaldo Sobrinho, no momento da fuga, dois agentes penitenciários e policiais militares eram os responsáveis pela segurança da cadeia, porém não perceberam o momento em que os detentos serraram as grades e fugiram pelo muro, que possui apenas arame farpado. “Por volta das 22h30, o agente penitenciário plantonista fez uma ronda por toda a cadeia e percebeu que tudo estava tudo bem. Após o apagão, ele fez uma nova ronda, quando constatou que dez detentos haviam fugido”, explicou o tenente-coronel Arnaldo.

Os fugitivos estavam em uma cela localizada no primeiro andar do prédio, onde estavam ainda outros 18 detentos. “Acreditamos que a ronda rápida realizada pelo agente evitou que outros presos também fugissem”, afirmou Arnaldo Sobrinho.

Os detentos que conseguiram fugir estavam alojados em uma cela reservada, considerada de segurança por abrigar acusados de praticar crimes de repercussão, a exemplo de estupros. O isolamento era feito com o objetivo de evitar que os detentos sofressem represálias e fossem agredidos por outros presidiários.

Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) os fugitivos foram identificados como sendo: Aleff Tomaz Carvalho da Silva, 18 anos, Edson Soares de Lima, 24 anos, Fernando Neto da Silva dos Santos, Francisco de Assis Sena da Silva, 37 anos, Raimundo Alves de Freitas, 20 anos, Mizael Pereira Leite, 20 anos, José dos Santos Alves, 20 anos, Derivaldo da Conceição, Marcelo Santos da Cruz e Luiz Antônio da Silva Alves.

Apesar da Cadeia de Mamanguape estar localizada nas proximidades da Companhia de Polícia Militar, a escuridão provocada pelo apagão, além da existência de muitos terrenos baldios, dificultaram a recaptura dos fugitivos. As buscas aos foragidos foram intensificadas durante a manhã de ontem em toda a região e, conforme Arnaldo Sobrinho, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi comunicada sobre a fuga e poderá intervir, caso os apenados utilizem as rodovias federais para se deslocar.

“Nós estamos aguardando o relatório circunstanciado da direção da cadeia para tentarmos aprofundar as investigações e verificar se houve algum tipo de falha na segurança. Também acrescentaremos às investigações o laudo da perícia que foi realizada pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) na cela”, assegurou o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho.