COTIDIANO
Dia de luz, festa de sol! Roberto Menescal faz 80 anos
Publicado em 25/10/2017 às 6:09 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
"Dia de luz, festa de sol E o barquinho a deslizar No macio azul do mar"
Quem não conhece?
É O Barquinho.
Um dos clássicos da Bossa Nova.
Versos de Ronaldo Bôscoli, melodia de Roberto Menescal.
Menescal, capixaba adotado pelo Rio de Janeiro, que faz 80 anos nesta quarta-feira (25).
Antes de se afirmar como compositor, o negócio de Menescal era tocar guitarra.
Tocava como alguns guitarristas do jazz. Timbres suaves, limpos, harmonias sofisticadas.
Quando começou a compor, ganhou um parceiro e tanto: Ronaldo Bôscoli, tão criticado, mas tão importante para a história da Bossa Nova.
O Barquinho, Rio, Ah! Se Eu Pudesse, Você, Nós e o Mar, Vagamente.
São standards da Bossa, todos da parceria Menescal e Bôscoli.
Gosto muito de ouvi-lo nesse velho disco da Elenco.
Roberto Menescal se projetou na época da Bossa Nova (tinha 23 anos em 1959). Consolidou seu nome como compositor e instrumentista.
Mais tarde, dedicou-se à produção musical.
Esteve à frente da gravadora Phonogram (depois PolyGram) durante a década de 1970 e parte da de 1980.
Produziu grandes artistas, discos antológicos.
Foi parceirão de Nara em seus últimos trabalhos, consumidos em larga escala pelos japoneses que gostam de Bossa Nova.
E de Leila Pinheiro no antológico Bênção Bossa Nova, belo tributo ao movimento que transformou a música popular do Brasil.
Não ficou preso ao passado. Abraçou a renovação do legado da Bossa quando associou seu nome à música produzida pelo grupo Bossacucanova.
A Bossa Nova ofereceu ao mundo o Brasil do talento, da arte, o Brasil que nos orgulha.
Roberto Menescal é um pedaço dessa história.
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