Diário é peça chave na apuração da morte de estudante na Capital

Natália Xavier

A morte da estudante Vanessa Maria de Oliveira, de 19 anos, ainda é cercada de mistérios. O corpo encontrado na última quarta-feira (21) em estágio avançado de decomposição não permitiu revelar se a jovem teria sido realmente assassinada. A polícia agora segue as investigações a partir de depoimentos dados por parentes e amigos da jovem e de revelações contidas em um diário onde Vanessa registrava detalhes de seu cotidiano.

“Pelo diário dela percebi que ela era uma menina bem triste, era uma menina que sofria muito. Ela tinha características de Emo, pintava o olho de uma forma que passava sofrimento”, comentou o delegado Allan Murilo Terruel, que está conduzindo as investigações.

De acordo com o delegado, a mãe da jovem tem deficiências mentais e ainda não estaria sabendo da morte da filha. “Estou tentando preservar ao máximo a família. A família está sofrendo muito e a mãe dela ainda nem sabe que a filha morreu, por isto nem a fota dela (de Vanessa) eu divulguei”, revelou.

O corpo de Vanessa foi encontrado 18 dias após o desaparecimento da estudante após denúncias deitas ao Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop). Conforme Allan Terrueu, o terreno onde o corpo foi encontrado, no bairro de Jaguaribe, possui grande quantidade de lixo e a suspeita é de que ela tenha sido encontrada enquanto alguém catava lixo no local. “Já intimei várias pessoas e estou esperando que elas venham depor. Vou intimar também a pessoa que acionou o Ciop para saber se ela tem algo a nos informar”, disse.

Para não atrapalhar as investigações, o delegado preferiu não revelar o conteúdo dos depoimentos que já foram prestados, mas comentou que Vanessa teria uma amizade forte com uma vidente e que a via frequentemente. Allan Terrueu pretende finalizar as investigações na próxima terça-feira (27).