COTIDIANO
Dias promete combate à corrupção e critica a pesquisa Consult
Candidato do PSOL foi o primeiro concorrente ao Senado Federal a ser sabatinado na rodada de entrevistas da Rede Paraíba Sat, que começou nesta segunda-feira (06).
Publicado em 06/09/2010 às 13:57 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:35
Jorge Barbosa
O candidato ao Senado Marcos Dias, do PSOL, foi o primeiro participante da segunda rodada de entrevistas da Rede Paraíba Sat, na 101 FM, que iniciou nesta segunda-feira (6). Respondendo às questões dos jornalistas Célio Alves, Cláudia Carvalho e Arimatéa Souza, o candidato disse que sua prioridade, caso eleito, será o combate à corrupção. Ele ainda criticou a força do poder econômico de outros candidatos e criticou as pesquisas do Instituto Consult, que segundo ele não tem credibilidade e chegou até a trocar seu nome.
Abrindo a entrevista, Dias colocou o combate à corrupção como sua prioridade, caso seja eleito. Ele disse que fará isso buscando modificar leis e implantar novas, a exemplo da Ficha Limpa, que certamento mudam o atual cenário. Para isso, o candidato afirmou que vai buscar apoio junto à sociedade civil organizada, que está atuando com projetos de iniciativa pública para mudar a realidade, como o próprio Ficha Limpa e a lei que delimita a posse da terra.
O PSOL atua nas eleições sozinho, sem firmar alianças com outros partidos. Para explicar isto, Marcos Dias afirmou que geralmente seu partido mantém alianças com parceiros históricos, como o PSTU, mas esse ano essas alianças não se firmaram motivadas por questões de âmbito nacional. Mas em relação às outras legendas, ele disse que o PSOL não se alia por questão de princípios e ideologia política.
Mesmo assim, Dias acredita ser possível governar. “Nossa aliança é com o povo. Acredito que dificilmente um parlamentar vai votar contrário à uma proposta que venha beneficiar a comunidade. Nós iremos chamar o povo para ocupar as galerias. É nessa linha que vamos atuar”, disse, para em seguida ir além. “Eu quero que a gente promova um levante nesse país. Duvido que 100 mil pessoas requerendo algo naquele planalto os parlamentares não vão aceitar”, falou, afirmando que já abriu mão da ideia de promover um levante armado.
Pesquisas
Sobre o baixo desempenho nas pesquisas, o candidato do PSOL explicou que o pouco espaço que o partido tem em guia eleitoral é um dos fatores que prejudicam a campanha. Também apontou a falta de estrutura econômica dos partidos pequenos, que ficam impossibilitados de lutar contra as legendas que possuem grande poder econômico.“Por conta disso as nossas propostas não chegam com facilidade à comunidade”, argumentou.
Indo além, ele questionou a idoneidade do Instituto Consult, que teria inclusive trocado o seu nome durante a divulgação de pesquisas. “Questiono aqui os números do Instituto Consult. Ele coloca o nome como Marcos Antônio e esse candidato não existe, o que existe é Marcos Dias. Esse instituto particularmente não tem credibilidade, eu não acredito e digo à população para não acreditar nesse instituto de pesquisa”, atacou. O candidato se chama Marcos Antônio de Oliveira Dias, mas ele afirma que o povo o conhece apenas por Marcos Dias e citar Marcos Antônio seria o mesmo que citar um estranho.
Continuando no assunto, lembrou que sua prestação de contas é de um valor irrisório. Disse que com a segunda parcial não chegou a gastar R$ 1,9 mil. “Mas garanto que esses recursos vieram de pessoas que doaram licitamente, vindo de amigos, de parentes que doam pequenos valores”. De acordo com Dias, a desigualdade econômica entre alguns concorrentes é tão grande que torna a eleição para o Senado em um jogo de cartas marcadas e que todos já sabem quem vai vencer, mas preferiu não arriscar e dar o palpite sobre hoje quem venceria na Paraíba a eleição para o Senado.
O candidato ainda falou sobre legalização das drogas, combate à violência, saúde, educação e vários outros temas, como fim do voto obrigatório, fidelidade partidária, fim do suplente de senador e financiamento público de campanha.
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