COTIDIANO
Diplomatas do Irã são obrigados a deixar Reino Unido
A decisão foi tomada em resposta à invasão, anteontem, da embaixada britânica em Teerã, que também foi fechad.
Publicado em 01/12/2011 às 8:00
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, ordenou ontem o fechamento imediato da embaixada iraniana no Reino Unido e deu um prazo de 48 horas para que todos funcionários da diplomacia iraniana deixem Londres. A decisão foi tomada em resposta à invasão, anteontem, da embaixada britânica em Teerã, que também foi fechada e teve seus diplomatas retirados do Irã.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) também lamentou "nos termos mais enérgicos" os ataques, expressou "sua profunda preocupação" e exigiu ao Irã que respeite completamente suas obrigações internacionais e garanta "a proteção do pessoal e os bens diplomatas e consulares". Ontem, países como Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Rússia pediram a Teerã garantias de que proteja as embaixadas no país e anunciaram que estudam medidas contra a República Islâmica.
Em pronunciamento diante do Parlamento, o ministro britânico Hague disse que o fechamento da embaixada iraniana no Reino Unido não significa o corte total das relações com Teerã, apesar de reconhecer que as relações entre os dois países estão no nível mais baixo possível. "Decidimos remover todos os nossos funcionários e, nos últimos minutos, o último de nossos funcionários que são do Reino Unido partiram do Irã", informou Hague.
O ministro britânico afirmou ainda que o ataque à embaixada não poderia ter ocorrido sem "algum grau de consentimento" do regime iraniano. "Se algum país torna impossível para nós operarmos em seu solo, eles não podem esperar ter uma embaixada em funcionamento aqui", disse.
Os dois complexos da embaixada foram invadidos anteontem durante uma manifestação em frente ao prédio principal da representação diplomática, no centro de Teerã. Os manifestantes estilhaçaram vidros, incendiaram um carro e queimaram uma bandeira britânica.
Os ataques foram cometidos por estudantes em protesto contra as novas sanções impostas por Londres devido ao programa nuclear iraniano.
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