Diretora da cadeia de Ingá é morta dentro de carro na BR-230

Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (20) a diretora da cadeia pública da cidade de Ingá, no Agreste paraibano, foi assassinada a tiros, enquanto trafegava as margens da rodovia federal BR-230. A informação foi confirmada pela Polícia Civil que iniciou uma diligência em imediato para tentar identificar os autores, mas até o início desta tarde não conseguiu localizar nenhum suspeito. A diretora também estava armada, mas não teve tempo de reagir aos tiros.

Segundo o delegado Valdélio Ronaldo Lobo, a diretora Córdula Veloso Borges, conhecida popularmente do “Cordinha” havia saído de uma fazenda com destino a cidade de Ingá, no carro dela, um Corsa Sedan de cor prata. Ao se aproximar do trevo que dá acesso à cidade de Ingá, suspeitos em outro veículo não identificado passaram ao lado do carro da vítima atirando. O veículo ficou crivado pelos disparos. Ainda havia outras duas pessoas no carro, que não ficaram feridas. O caso aconteceu por volta das 7h.

Mesmo baleada, a diretora da cadeia pública conseguiu conduzir o carro até o acostamento e as outras pessoas que estavam no carro pediram ajuda ao dono de um bar, às margens da rodovia. “Eu ouvi os disparos e corri para a frente do bar, para ver o que tinha acontecido. Me deparei com as meninas que estavam no carro pedindo socorro. Quando me aproximei, vi a gravidade dos ferimentos. Infelizmente não deu tempo socorrer”, lamentou o comerciante Edvaldo Sobral de Andrade.

Ainda conforme a polícia, a arma da diretora da cadeia estava guardada dentro da bolsa dela, mas não chegou a ser usada. Dentro do carro os policiais ainda encontraram spray, algemas e uma faca que estava no porta malas do veículo.

O delegado de Polícia Civil da cidade Ingá, Valdélio Ronaldo Lobo, foi ao local do crime com agentes de investigação, onde colheu algumas informações. Ele disse que não tem nenhuma suspeita ainda. “Estamos ouvindo testemunhas para tentar chegar à uma identificação. Não tenho nenhuma suspeita até o momento”, disse ele. Ainda segundo o delegado, parentes da vítima negaram que ela estivesse sofrendo ameaças. A Polícia Militar e uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também estiveram no local do crime.

(Atualizada às 13h)