COTIDIANO
Duas mulheres são assassinadas em prostíbulo
Vítimas foram mortas a tiros por um grupo de dez homens encapuzados que invadiu a casa de prostituição onde elas trabalhavam.
Publicado em 20/12/2011 às 8:00
O ciúme provocado pelo fim de um casamento é o motivo apontado pela polícia para o atentado que matou duas mulheres e deixou três pessoas feridas na madrugada de ontem em Araruna, no Agreste da Paraíba. As vítimas foram mortas a tiros por um grupo de dez homens encapuzados que invadiu a casa de prostituição onde elas trabalhavam. Outras duas mulheres e um travesti também foram atingidos pelos disparos. O bando fugiu em direção ao Estado do Rio Grande do Norte (RN).
Segundo as investigações, o alvo dos assassinos era Ana Paula Fernandes de Sousa, de 19 anos, morta com três tiros. Ela trabalhava no bar há apenas um mês e desde então estava recebendo ameaças. “Fomos informados que uma das mulheres tinha se separado e estava trabalhando no bar. As testemunhas contam que o ex-marido estava fazendo ameaças e agora vamos investigar se este é um caso de crime passional”, adiantou Ivanildo Medeiros, delegado plantonista que atendeu à ocorrência.
Antes de trabalhar no bar, Ana Paula morava em Brejinho-RN. De lá, também veio Lidiane da Silva, de 20 anos, segunda mulher assassinada no atentado. Segundo Márcia Cleide Sousa, irmã de Ana Paula, ela já pensava em abandonar o prostíbulo. “Ela ia embora hoje (segunda) pra passar o Natal com nossa mãe e disse que não queria mais voltar, que não era vida pra ela”, contou.
Também ficaram feridos Adriana de Oliveira, de 33 anos, Valdete da Rocha Costa, 35 anos, e o travesti Ericksson André da Silva, 22 anos. Os três foram encaminhados ao Hospital de Trauma de Campina Grande, onde estão internados em estado regular, sem risco de morte.
O crime foi por volta de 1h, num bar localizado no distrito de Mata Velha, zona rural de Araruna, que de acordo com testemunhas funciona também como ponto de encontro para garotas de programa. O bando esperou o fechamento da casa para promover a invasão e desligou o fornecimento de energia da casa para facilitar a ação.
“O bar estava fechado e eles chegaram batendo na porta. Uma das meninas que morreu pediu pra não abrir porque achava que era alguém querendo maltratar a gente. Eles cortaram a luz e derrubaram a porta e já entraram atirando pra todo lado”, relatou Ericksson Silva.
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