COTIDIANO
Economia circular estimula novos negócios
O crescimento desta filosofia corporativa vem fomentando o surgimento de novas empresas.
Publicado em 10/09/2020 às 9:00
A economia circular, modelo de produção que tem como fundamento o melhor uso de recursos naturais para evirar o desperdício, vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil nos últimos anos. As lições aprendidas com a pandemia aumentaram a pressão pela adoção de práticas sustentáveis pela indústria.
Na economia circular, não há lixo, pois todo resíduo é reutilizado. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), diversas empresas já adotam total ou parcialmente o conceito no Brasil, mas ainda não é suficiente. Dados de 2018 estimavam que apenas 3% dos resíduos eram de fato reciclados, enquanto, caso fosse adotado de forma ampla, as quase 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil poderiam ser transformados em matéria-prima.
Com o crescimento desta filosofia corporativa, surgem novos negócios, como é o caso da Boomera, empresa de pesquisa e desenvolvimento especializada em soluções para resíduos, que tem hoje em seu portfólio clientes como Nestlé, O Botićario, Vale e Adidas e deve faturar R$ 40 milhões este ano.
Além de pesquisa e desenvolvimento de produtos criados para facilitar a sua reciclagem, oferece também outros serviços, como a própria reciclagem, logística reversa e duas fábricas: uma de resina feita a partir de plástico reciclado e outra de lonas agrícolas produzidas com essa resina.
Outro exemplo é a Climate Ventures, plataforma de inovacão que foi criada em 2018 para acelerar o empreendedorismo voltado para a economia regenerativa de baixo carbono. No final de outubro a empresa vai divulgar um estudo sobre negócios e impacto ambiental. A pesquisa vai mostrar 72 desafios ambientais identificados no país até o momento e 87 soluções para estes problemas.
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