COTIDIANO
Eduardo Paredes se entrega à polícia e defesa vai recorrer
Abraão Beltrão, advogado do réu, afirmou que entrará com um pedido de habeas corpus até o final desta semana.
Publicado em 24/01/2012 às 15:00
O psicólogo Eduardo Paredes, acusado de matar a defensora pública-geral da Paraíba Fátima Lopes em um acidente de trânsito em 2010, se entregou à polícia nesta terça-feira (24), de acordo com o advogado de defesa Abraão Beltrão. O psicólogo se entregou no dia do aniversário de dois anos da morte de Fátima Lopes. O advogado ainda informou que entrará com um pedido de Habeas Corpus até o final desta semana.
Ainda segundo Abrãao Beltrão, Eduardo Paredes, está detido no 5º Batalhão da Polícia Militar. Os policiais do batalhão não souberam informar se o psicólogo será transferido para um presídio. Segundo os policiais, o acusado ficará detido no batalhão até que a justiça ordene pela transferência.
A prisão preventiva do psicólogo foi decretada pelo juiz José Edvaldo de Albuquerque do Forúm de Mangabeira no último dia 13, mas ele não se entregou na ocasião, segundo o advogado, porque estava viajando de férias. O mandado de prisão é pela morte da comerciante Maria José dos Santos, em junho de 2010 em João Pessoa.
"Não resta dúvidas de que Eduardo dirigia o veículo que atropelou e matou Maria José na noite do dia 21 de julho de 2010, na Avenida Hilton Souto Maior, em Mangabeira. Por dirigir sob efeito de álcool e em alta velocidade, mesmo quando as testemunhas pediam para que ele reduzisse, nós entendemos que ele assumiu o risco de matar”, explicou o delegado Nélio Carneiro, responsável pelas investigações.
De acordo com o delegado, todas as versões apresentadas por Eduardo Paredes foram desconstruídas durante as investigações. Entre elas, a informação de que tinha usado um orelhão para informar o problema mecânico no veículo. "A quebra de sigilo telefônico provou que nenhuma ligação foi realizada após o meio-dia. Foram muitas mentiras e contradições, e cada vez mais o acusado se colocava na cena do crime”, afirmou o delegado.
O psicólogo Eduardo Paredes também é réu no processo sobre a morte da defensora pública da Paraíba, Fátima Lopes, em acidente de trânsito ocorrido em 2010. Segundo o delegado, o crime contra Maria José foi praticado cinco meses depois e em circunstâncias semelhantes.
Caso Fátima Lopes
O acidente com a comerciante aconteceu cinco meses após a morte da então defensora geral da Paraíba. Em 24 de janeiro de 2010, por volta das 6h, a caminhonete de Eduardo Paredes bateu no carro da então defensora pública-geral, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima. E a suspeita é que ele estaria embriagado.
O acidente foi no cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a Prefeito José Leite, sentido Centro-Praia, em João Pessoa. Devido a violência da colisão, Fátima Lopes morreu e seu marido, Carlos Marinho de Vasconcelos Correia Lima, ficou gravemente ferido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Eduardo Paredes é acusado de cometer homicídio doloso, quando há intenção de matar. Ele teria ultrapassado o sinal vermelho, dirigido em alta velocidade e sob efeito de bebida alcoólica, assumindo o risco de uma morte. O réu chegou a ser detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus em março de 2010.
Anna Carla Lopes, filha de Fátima Lopes, disse que espera a prisão. "Vamos ver se ele vai ser preso. É uma vitória nessa guerra que a gente vem enfrentando. Vamos ver se a polícia o encontra", disse.
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