COTIDIANO
Em audiência de custódia, Justiça mantém prisão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho
Publicado em 20/12/2019 às 12:06 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:50
Decisão foi do juiz Adilson Fabrício, que presidiu audiência de custódia. Ricardo vai ser encaminhado para Penitenciária de Mangabeira
A prisão preventiva do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) foi mantida pela Justiça, na manhã desta sexta-feira (20). A decisão foi do juiz Adilson Fabrício, que presidiu a audiência de custódia na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Com isso, o ex-governador será encaminhado para a Penitenciária Média de Mangabeira, em João Pessoa.
Durante a audiência de custódia, a defesa de Ricardo Coutinho pediu a adoção de outras medidas cautelares ou o encaminhado dele para uma unidade militar do Estado, para permanecer custodiado. Mas os pedidos foram negados.
A prisão de Ricardo
O ex-governador Ricardo Coutinho chegou na Paraíba durante a madrugada, após desembarcar em Natal, no Rio Grande do Norte, vindo de Portugal, onde passava férias. O ex-governador é um dos alvos de prisão preventiva determinadas na Operação Juízo Final, um desdobramento da Operação Calvário. Com a prisão do ex-gestor, subiu para 14 o número de detidos na operação.
O advogado do ex-governador, Eduardo Cavalcanti, disse esperar que o pedido de habeas corpus protocolado no Superior Tribunal de Justiça seja julgado ainda nesta sexta. Por determinação da Justiça, o ex-governador deve ficar em cela distinta dos ex-auxiliares Gilberto Carneiro, ex-procurador-geral do Estado, e Waldson de Souza, ex-secretário das pastas de Saúde, Planejamento e Interiorização.
A operação
A ação desencadeada nesta terça-feira (17) teve o objetivo, de acordo com a Polícia Federal, de combater uma organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos.
A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado GAECO/PB, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União – CGU, apura desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.
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