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COTIDIANO

Em depoimento, médico apresenta duas versões para morte de jornalista no DF

Lanusse Martins morreu durante cirurgia de lipoaspiração. Polícia manteve indiciamento por homicídio doloso. Médico negou falha.

Publicado em 08/02/2010 às 12:55

Do G1

O médico Haeckal Cabral Moraes foi interrogado na última sexta-feira (5) na delegacia da Asa Sul, que investiga a morte da jornalista Lanusse Martins durante uma cirurgia de lipoaspiração, realizada pelo cirurgião no último dia 25.

Haeckal chegou acompanhado de um advogado e com um atestado informando que ele já estava em condições de depor.

Na primeira vez em que foi convocado pela polícia para prestar depoimento, no dia 27 do último mês, o cirurgião alegou um problema de saúde e apresentou um atestado médico de 15 dias.

De acordo com a delegada Martha Vargas, primeiro Haeckal alegou em seu depoimento que a perfuração de uma das veias, apontada pelo IML como causa da morte de Lanusse, teria ocorrido por causa da massagem cardíaca. Mas, ao ser questionado pela polícia sobre o local da massagem ser acima do rim, o médico disse que o problema pode ter ocorrido por causa das mudanças de posição da paciente para a lipo.

Haeckal negou que a perfuração tenha sido provocada pela cânula de aspiração e se defendeu da acusação de erro médico.

A polícia se baseia no laudo do IML, que constatou a perfuração da veia do rim por um objeto, que no caso, seria a cânula. As explicações do médico não convenceram a delegada, que manteve o indiciamento de Haeckal por homicídio doloso, entendendo que o cirurgião assumiu risco de matar a paciente. Martha Vargas que ouvir, ainda, alguns parentes de Lanusse Martins para a conclusão do inquérito que deve ser enviado ainda esta semana para o Ministério Público.

Imagem

Jornal da Paraíba

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