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COTIDIANO

Emprego: Empresas 'formam' funcionários em busca de mais qualificação

Publicado em 06/07/2015 às 15:00

Capacitar seus colaboradores tem sido uma atitude cada vez mais comum nas grandes empresas. Algumas, em vez de buscar profissionais já “prontos” no mercado de trabalho, optam por, elas mesmas, oferecerem cursos de capacitação e, assim, moldar o trabalhador para a função desejada. Para isso, no entanto, é necessário, claro, que o profissional apresente algumas características indispensáveis: proatividade e determinação, por exemplo, contam – e muito – para as empresas. No fim, ganham os dois lados: profissional e patrão.

Na construtora Alliance, por exemplo, os colaboradores passam por dois tipos de treinamentos: uns tratam-se de


				
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treinamentos obrigatórios enquanto que outros são tidos como treinamentos voluntários. Os primeiros, ligados à área de segurança do trabalho, por exemplo, são baseados na legislação de cada área que obriga as empresas aos realizarem. "Nós capacitamos, por exemplo, os eletricistas, para que possam usar as normas de segurança, assim como atualizamos os técnicos de segurança de trabalho. São treinamentos preventivos que trazem segurança para o colaborador e para a própria sociedade", afirma o gerente de desenvolvimento da Alliance, Júlio Gouvêa.

Já os treinamentos voluntários tratam-se de atualizações e de formações que são oferecidas com especificidades para cada área. "Nós ao mesmo tempo que montamos uma mão de obra qualificada para a empresa, também estamos gerando um retorno para a sociedade, porque toda essa capacitação, claro, não se limita só à empresa. Os colaboradores levam aquele conhecimento que eles adquirem para o resto de suas vidas", observa o gerente.

Segundo ele, a empresa conta ainda com uma avaliação de desempenho anual, que é feita principalmente com os cargos administrativos. "Esse cargo é avaliado em suas competências técnicas e comportamentais. Eles sofrem uma avaliação de suas competências e isso resulta em um indicador de desempenho. As maiores notas, as pessoas com maior nível de desempenho, elas são premiadas e, assim, ficam aptas a promoções e a assumirem oportunidades. Nós pagamos bem a quem trabalha bem", comenta.

Dessas avaliações, no entanto, saem ainda outros benefícios para os colaboradores. "Quando percebemos que existem alguns funcionários que têm uma competência que precisa ser lapidada, nós fazemos treinamentos específicos para aquela habilidade", afirma o gerente. O administrador Thiago Colaço, que trabalha na área de atendimento ao cliente da construtora, por exemplo, já passou por diversas capacitações. "Além de ser extremamente motivacional, passa a ideia de confiança ao colaborador. Porque a gente fica ciente de que a empresa confia em nós e está apostando no nosso trabalho", afirma ele, que já está na empresa há mais de cinco anos

Cursos preenchem lacuna do mercado

Já algumas empresas exigem, de fato, um treinamento específico dos seus colaboradores e como não encontram pessoas no mercado de trabalho que tenham uma habilidade já treinada para isto, acabam tendo que, realmente,


				
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treinar seus colaboradores caso queiram prestar um bom serviço ao cliente. É o caso, por exemplo, da Casa Funerária Grupo Vila. De acordo com a coordenadora de treinamentos da empresa, Auta Sousa, todos os funcionários passam, primeiramente, pelo treinamento de integração, onde conhecem a empresa, sua visão, missão, valores, produtos e serviços.

"A ideia é que todos conheçam ao máximo a empresa e o segmento. A qualificação de nossos funcionários, no entanto, é contínua e bem de acordo com a função que eles irão desempenhar. São treinamentos específicos, todos customizados de acordo com o setor e atividades, já que pela especificidade não encontramos treinamentos prontos no mercado. Não existem cursos de vendas de jazigos, por exemplo. Então adaptamos de acordo com a nossa realidade", explica.

Além disso, pela própria natureza do serviço, desde 2012 foi instituído, na empresa, o Projeto Servir, que se trata, na verdade, de uma filosofia de atendimento baseada em elementos conhecidos pelos colaboradores como RUBRISA, ou seja, Responsabilidade, Utilidade, Bondade, Renúncia, Iniciativa, Simplicidade e Ajuda.

"Sabemos que a morte envolve procedimentos legais e burocráticos, então nossos colaboradores precisam entender de lei, documentação, procedimentos de justiça, tipos e morte, entre outros. Quanto ao tipo de trabalho, que é setor funerário, relacionado à morte e ao luto, temos treinamento específico para isto, sobre morte e luto, onde o colaborador entende melhor as reações e dificuldades em lidar com uma família enlutada, já que entra em contato com a pessoa em seu pior estado de fragilidade

emocional, além de outros, como apresentação pessoal e etiqueta profissional, postura e acolhimento", defende

Capacitação deve ser contínua

Uma outra iniciativa que também tem chamado a atenção dos funcionários é a Universidade Assaí e o Aprende Mais, do Assaí Atacadista. Com o intuito de formar profissionais capacitados para exercer funções no negócio de mercado de atacado de autosserviço, o Assaí criou essas duas iniciativas. "É nosso dever proporcionar oportunidades constantes de carreira e crescimento profissional para cada um deles", afirma Sandra Vicari, diretora de RH do Assaí.

Ao todo, são oferecidos mais de 30 cursos de capacitações para todos os níveis de liderança, programa de trainee, graduação in company, cursos para conclusão do ensino fundamental e médio e formação técnica para as lojas. No caso da graduação, é feita uma parceria com a Universidade Anhembi Morumbi e o colaborador pode se formar

tecnólogo em processos gerenciais em dois anos. O curso conta com temas interdisciplinares voltados para o negócio de atacado de autosserviço. Podem participar quem possui cargos estratégicos, com mais de seis meses de empresa, não possui ensino superior e apresenta bom desempenho em suas funções atuais. As aulas são 100% online

e o Assaí arca com 70% do custo.

"A rede espera desenvolver colaboradores para assumir novas posições, aumentar seu índice de retenção e engajamento, despertando maior orgulho de pertencer a esta marca. Por outro lado, o colaborador terá maior oportunidade de crescimento e realização pessoal, melhoria da autoestima e qualidade de vida, além de novas oportunidades de carreira e desenvolvimento profissional. Neste ciclo, ganham o colaborador e a empresa, que passa a ter pessoas engajadas e cada vez mais identificadas com a marca", afirma a diretora de RH.

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Alô Concurseiro

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