COTIDIANO
Paraibano dado como desaparecido preso por tráfico no Japão: entenda o caso
Polícia Federal afirmou que paraibano que desapareceu no Japão foi preso sob suspeita de tráfico internacional de drogas.
Publicado em 05/02/2025 às 6:11
O paraibano que desapareceu durante viagem ao Japão, Vitor Daniel Araújo Claudino, de 22 anos, foi encontrado e está detido no Aeroporto de Narita, no Japão, sob suspeita de tráfico internacional de drogas, segundo a Polícia Federal.
Vitor Daniel desapareceu após uma escala no Catar que tinha como destino final a cidade de Tóquio, capital japonesa. O último contato dele com a família ocorreu na sexta-feira (24), enquanto ainda estava em um aeroporto do Catar.
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De acordo com a Polícia Federal, Vitor Daniel foi detido sob a acusação de tráfico internacional de drogas e permanecerá na delegacia do Aeroporto Internacional de Narita até a conclusão das investigações. O Jornal da Paraíba reuniu abaixo tudo que se sabe sobre o caso até o momento.
Quem é o paraibano que desapareceu no Japão?
Vitor Daniel Claudino, de 22 anos, nasceu em Campina Grande, na Paraíba, mas recentemente tinha se mudado para o Rio de Janeiro, onde trabalhava como gerente de um restaurante. O irmão do jovem, Júnior Claudino, afirmou que essa era a primeira vez que ele viajava para fora do país.
“Era uma viagem a passeio. Quem conhece ele sabe que é um rapaz que gosta de viajar. Ele nunca viajou para fora, mas viajava dentro da Paraíba e do Brasil. Ele teve essa oportunidade e foi conhecer o Japão. Até agora ele não deu notícias", afirmou o irmão.
O que Vitor foi fazer no Japão?
Segundo o irmão de Vitor, a família não tinha muitos detalhes sobre o que ele iria fazer no país asiático. A notícia da viagem foi dada de forma repentina. Os parentes foram informados apenas que a passagem e a hospedagem seriam custeadas por um amigo do jovem.
“Ele comentou que tinha encontrado um amigo, que esse amigo ia ajudar ele na despesa da viagem, mas ele não falou pra onde era. Ele (o amigo) tinha conhecimento lá no Japão. Meu irmão gosta muito de viajar, de conhecer lugares. Esse rapaz ninguém conhece, ninguém sabe quem é, ele também não falou desse rapaz”, afirmou Júnior Claudino.
Paraibano desapareceu em escala no Catar
Vitor viajou sozinho para São Paulo e embarcou em um avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos, com escala prevista no Catar. De acordo com a família, ele mantinha contato com o irmão por meio de um aplicativo de mensagens, até o momento em que chegou ao Catar, no Oriente Médio.
Ao chegar ao país, na sexta-feira (24), ele avisou ao irmão que pegaria um novo avião para o Japão. Desde então, Vitor não fez mais nenhum contato com a família.
A família então acionou a Polícia Civil e a Polícia Federal para tentar encontrá-lo. A Polícia Federal informou que o registro da ocorrência do desaparecimento de Vitor foi realizado na tarde da quarta-feira (29).
Localização do paraibano que desapareceu durante viagem ao Japão
De acordo com informações dadas pela Polícia Federal nesta terça-feira (4), Vitor Daniel foi encontrado detido no Aeroporto de Narita, no Japão, sob suspeita de tráfico internacional de drogas e permanecerá na delegacia do Aeroporto Internacional de Narita até a conclusão das investigações.
A informação foi confirmada pelo irmão do jovem, Júnior Claudino, que relatou ter recebido atualizações do consulado e da embaixada brasileira no Japão. Ele afirmou desconhecer os detalhes da prisão, mas foi informado de que Vitor está bem e sob investigação da polícia local.
O que dizem as autoridades?
O Itamaraty disse que tem conhecimento do caso e que presta assistência consular. O Jornal da Paraíba fez contato também com a embaixada do Brasil em Tóquio, mas não recebeu resposta até a última atualização desta notícia.
De acordo com a Polícia Federal, Vitor Daniel permanecerá detido na delegacia do Aeroporto Internacional de Narita até a conclusão das investigações.
O que diz a família e a defesa de Vitor?
De acordo com o irmão de Vitor, Júnior Claudino, a família ficou aliviada após receber notícias sobre o paradeiro dele.
"Graças a Deus, tivemos notícias dele. O que importa é que está vivo. Independente do que esteja acontecendo lá, para nós, da família, o que realmente importa é que ele está vivo", afirmou o irmão.
A advogada Thaíse Guedes, que está representando o paraibano, disse que ainda não sabe com que tipo de droga ele foi encontrado. Ela acredita, no entanto, que Vitor tenha sido usado em “um esquema maior”, e foi como ‘mula’ para Ásia. Thaíse destacou que um tratado entre o Japão e o Brasil permite a deportação de condenados para o país de origem. Com isso, a defesa pretende buscar meios de trazer Vitor de volta ao território brasileiro caso haja uma confirmação de pena.
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