COTIDIANO
Enterro de procuradora acontece em Cajazeiras; PM busca suspeito
Maria Méricles Guedes Feitosa, de 62 anos, foi assassinada durante uma tentativa de assalto em Manaíra. Polícia identificou suspeito com base em imagens de câmeras de segurança.
Publicado em 10/03/2010 às 8:32
Karoline Zilah
Está previsto para o fim da tarde desta quarta-feira (10), em Cajazeiras, o enterro da procuradora aposentada da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Maria Méricles Guedes Feitosa, de 62 anos. Ela foi assassinada durante uma tentativa de assalto por volta das 12h30 da terça-feira (9) no bairro de Manaíra, em João Pessoa.
O clima é de comoção durante o velório que acontece na Capital. O governador José Maranhão esteve entre as autoridades que visitaram o funeral para se despedir de Méricles.
Inconformados, familiares e amigos pedem justiça. “Infelizmente, ela foi mais uma das vítimas da insegurança, da violência que está desgraçando a sociedade brasileira, em particular a sociedade paraibana”, ressaltou Levi Borges Lins, presidente do Sindicato dos Defensores Públicos da Paraíba.
"Fica a sensação de impunidade. A gente espera que as autoridades façam justiça", disse Augusto Ladário, filho da vítima.
Suspeitos
Trabalhando em conjunto, as Polícias Civil e Militar passaram a noite da terça e a madrugada desta quarta-feira em busca de suspeitos. Foram feitas várias abordagens nos bairros de Manaíra e São José, mas os criminosos que se refugiam na região teriam escapado do bairro ainda durante a tarde.
De acordo com o capitão Lábis, comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar em Cabedelo, está descartada a hipótese de que um homem conhecido como China tenha se envolvido no crime.
Ele disse que conseguiu identificar o acusado por meio das imagens de vídeo e com a ajuda de informantes. A pessoa suspeita já teria várias passagens pela polícia. Ele preferiu não revelar o nome do novo suspeito para não interferir nas investigações, mas revelou tratar-se de um bandido que agiria em Manaíra e estaria escondido no São José.
As equipes se baseiam em imagens do circuito interno de segurança de um prédio localizado na esquina onde a procuradora foi baleada. A polícia suspeita que o acusado estivesse desesperado, sob efeitos de droga ou em abstinência, quando decidiu atirar.
Como aconteceu
Manoel Magalhães, delegado responsável pelas investigações pela 10ª Delegacia Distrital de Tambaú, informou que Méricles foi assassinada por não ter atendido de imediato as ordens do assaltante.
Com base no testemunho de uma pessoa que estava dentro do carro com a vítima, ela manobrava o carro no cruzamento das ruas São Gonçalo e Maria Rosa para ir ao aniversário de uma amiga quando o homem se aproximou em uma bicicleta e exigiu a bolsa.
Como a procuradora não entregou e não abriu o vidro do carro, o assaltante atirou. Méricles chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do Hospital de Emergência e Trauma.
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