COTIDIANO
Escândalo: MP denuncia esquema de médico do SUS com seguradora
Após denúncia de que um grupo dentro do Hospital Regional vendia cirurgias, MP traz à tona novo escândalo com os mesmos personagens, desta vez envolvendo uma seguradora.
Publicado em 14/03/2011 às 12:25
Inaê Teles
Com informações de Plínio Almeida
Durante uma coletiva de imprensa, os representantes do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil revelaram que o esquema de 'venda' de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais públicos de Campina Grande tinha a participação de um funcionário do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
A operação intitulada Hipócrates, alusão ao grego pai da Medicina, tinha como objetivo o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária. Até o momento, apenas o despachante do DPVAT, José Ismar de Lima, foi detido e está na Central de Polícia. O médico Godofredo Borborema, a técnica de enfermagem Maria José, uma atendente e o motorista do médico estão foragidos.
Reveja imagens de negociações.
Eles são acusados do crime de concussão, ou seja, extorsão cometida por um funcionário público. Eles também podem ser acusados do crime de formação de quadrilha. A prisão temporária corresponde a cinco dias de reclusão, prorrogáveis por mais cinco.
De acordo com Otávio Paulo Neto do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), José Ismarl foi preso na sua casa no bairro do Cruzeiro. Ele está sendo acusado de facilitar a retirada do benefício do DPVAT e ainda de receber uma comissão pelo serviço. Após ter acesso ao seguro, o cliente usava a quantia para pagar as cirurgias.
Ainda participaram da coletiva de imprensa os representantes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil edo Ministério Público da Paraíba (MPPB).
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