COTIDIANO
Estudantes que se passavam por médicos depõem em João Pessoa
Seis estudantes estão sendo acusados de exercício ilegal da Medicina, tráfico de entorpecentes, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Quatro deles já prestaram esclarecimentos.
Publicado em 29/03/2011 às 14:50
Da Redação
Quatro dos seis estudantes de Medicina acusados de exercício irregular da profissão prestaram esclarecimentos ao delegado do município de Paulista, Roberto Barros, na Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, em João Pessoa.
Eles atuavam há pelo menos dois anos no Hospital e Maternidade Emerentina Dantas, em Paulista, e, apesar de alguns já terem se formado, nenhum deles possui cadastro no Conselho Regional de Medicina, caracterizando a irregularidade.
Alguns deles usavam registros de médicos do Rio Grande do Norte e outros nem ao menos tinham um registro falso. Além de serem acusados de exercício ilegal da Medicina, são também enquadrados nos crimes de tráfico de entorpecentes (por receitar remédios, inclusive de uso controlado), formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Os estudantes Kayobruce Sory Medeiros de Macedo, Lonardo Rodrigues Coura, Alysson Gomes Lustos e José Cassimiro de Silva Neto estão respondendo ao processo em liberdade. A polícia não conseguiu contato com o acusado Raony de Araújo Lima e Humberto Almeida Lima Filho não depôs por não estar na Capital.
O caso estava sendo investigado desde fevereiro, quando o Conselho Regional de Medicina percebeu que o carimbo usado era do Rio Grande do Norte e não da Paraíba. O único hospital da cidade foi interditado pois os estudantes trabalhavam em sistema de plantão sem nenhuma supervisão de médicos, mas já foi reaberto.
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