Ex-taxista condenado pela morte de Geraldinho está preso em Recife

Karoline Zilah

Está preso em Recife o ex-taxista Francisco José dos Santos, condenado a 17 anos e meio de prisão pela morte do menino Geraldo Antônio Gomes Filho, conhecido como Geraldinho, que tinha 13 anos quando foi assassinado na noite de 29 de outubro de 2002, dentro do táxi do acusado, na praia de Manaíra.

O juiz José Aurélio da Cruz, do 2º Tribunal do Júri, já enviou o pedido de transferência do acusado para João Pessoa. Francisco está foragido da Justiça paraibana desde que recebeu a sentença de prisão, em março de 2007.

O ex-taxista está detido no presídio de segurança máxima Aníbal Bruno, o maior da Capital pernambucana. O detalhe é que ele foi preso sob a acusação de tráfico de drogas há cerca de um ano, mas recebeu alvará de soltura para responder pelo crime em liberdade. No momento em que seria liberado da penitenciária, a administração teria consultado o Infoseg e tomado conhecimento de que Francisco era foragido da Justiça paraibana e procurado por homicídio.

De acordo com Jô Lima, assessora de imprensa da Secretaria de Ressocialização de Pernambuco, passou a cumprir pena pela morte de Geraldinho em Recife. O ex-advogado do acusado, Harley Cordeiro, informou que Francisco dos Santos tem família e residência fixa na cidade, por isso preferiu cumprir o regime fechado no outro Estado.

O caso

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, na noite de 29 de outubro de 2002, Francisco José dos Santos, a companheira Elisângela Pereira da Silva e a filha do casal saíram de carro do apartamento em que moravam no edifício Tropical, em Tambiá, levando Geraldinho com eles para comprar um botijão de gás.

Eles disseram para a mãe da vítima que iriam passear por Manaíra. Após sair de casa, Francisco e Elisângela teriam iniciado uma discussão. O motorista teria sacado uma arma contra a companheira e atingido Geraldinho, que logo depois foi deixado na porta de um hospital da cidade. O casal alegou que a briga começou por conta de um bilhete deixado por uma mulher para o taxista.

Atualizada às 11h03.