COTIDIANO
Faltam kits para diagnosticar hepatite em laboratórios do SUS
Ministério da Saúde diz que situação foi normalizada, mas laboratórios discordam e alegam que kits enviados são insuficientes.
Publicado em 13/06/2008 às 15:04
Do G1
Os laboratórios do Sistema Único de Saúde (SUS) de vários estados estão sem receber kits para exames de hepatite B e C há vários meses. A denúncia partiu de um grupo de apoio ao portador da doença, que já levou o caso ao Ministério Público Federal.
É fácil pegar o vírus. Até um alicate mal esterilizado sujo de sangue contaminado pode transmitir a doença. Difícil tem sido o diagnóstico. Os testes que detectam as hepatites B e C estão em falta. A doença é silenciosa e pode causar sérios riscos à nossa vida.
No Ceará, o Laboratório Central, que examina material enviado pelos postos de saúde de todo o estado, não recebe kits do Ministério da Saúde para exames de hepatite desde o início do ano. Desde janeiro, o estado faz exames com recursos próprios para não prejudicar a população.
É a mesma situação do Distrito Federal. Porém, os 600 kits que a Secretaria de Saúde compra por mês não são suficientes e, às vezes, os pacientes voltam para casa sem saber se têm a doença.
Insuficiente
O Ministério da Saúde informou que, desde maio, a distribuição de kit está normalizada. Mas os laboratórios dizem que a quantidade enviada foi menor do que o necessário e que não dá para entender a todos. Nos laboratórios particulares, os exames saem caro demais: R$ 400 para diagnosticar a hepatite B e R$ 120 para detectar o tipo C.
Pelas contas da Organização Mundial de Saúde, 3 milhões de pessoas em todo o país estão infectadas e nem desconfiam. Muitas só descobrem na fila de espera do transplante, com câncer ou cirrose, quando o fígado já não funciona mais. Daí a importância do diagnóstico precoce.
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