COTIDIANO
FAMÍLIA? MEU BEM, MEU MAL!
Publicado em 19/06/2018 às 6:18 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
Sempre admirei José Ângelo Gaiarsa.
Lembram dele?
Foi um importante psiquiatra brasileiro.
Tinha Gaiarsa na estante do meu pai. Por isso, meu acesso precoce à obra dele.
Só depois fui vê-lo fazendo programas de televisão.
Sexo, família. Tanta coisa.
Em meados dos anos 1980, eu estava na redação de A União quando recebi um telefonema de uma amiga.
Psicóloga, ela me disse que Gaiarsa estava em João Pessoa.
Fiquei surpreso.
É que tinha amigos aqui (inclusive a minha amiga) e passaria alguns dias descansando.
O jornal se interessa por ele? - foi a pergunta que ouvi.
E mais: posso levá-lo aí na redação?
E eu, encantado: claro!
Traga que faremos uma entrevista bacana para o Jornal de Domingo.
No dia seguinte, lá estava o psiquiatra acomodado na sala da editoria.
Figura rara.
Brilhante.
Excepcional.
Nosso editor, Agnaldo Almeida, abriu a entrevista.
Não lembro do conteúdo da primeira pergunta.
Mas lembro muito bem do tema: foi sobre família.
E nunca deletei o início da resposta certeira de Gaiarsa:
FAMÍLIA?
MEU BEM, MEU MAL!
A FAMÍLIA É INEVITÁVEL!
José Ângelo Gaiarsa morreu em 2010.
Tinha 90 anos.
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