COTIDIANO
Funcionário público é sequestrado e morto
Diretor de infraestrutura e suporte em informática da Prefeitura de João Pessoa, foi sequestrado e assassinado nesta terça-feira (7).
Publicado em 09/02/2012 às 6:30
O diretor de infraestrutura e suporte em informática da Prefeitura Municipal de João Pessoa, Bruno Ernesto do Rêgo Morais, 30 anos, foi sequestrado e assassinado na noite da última terça-feira. A vítima foi abordada por três homens quando chegava na sua residência, no bairro do Bancários, e, depois, executada em Mituaçú, no município do Conde. A Polícia Militar agiu rápido e conseguiu prender ainda na madrugada de ontem todos os envolvidos no sequestro e morte.
O crime, que chocou a população, ganhou repercussões nas redes sociais. Um manifesto pedindo mais segurança pública também foi programado para acontecer amanhã, às 13h, em frente à Praça dos Três Poderes, no Centro da capital.
Ontem à tarde, o delegado adjunto de homicídios Everaldo Medeiros, em entrevista coletiva, descartou que o crime tenha motivação política, vingança ou encomenda. “É um crime de latrocínio. Os assassinos mataram para roubar a vítima”, afirmou.
Na ação policial, foram presos três homens e apreendidos quatro adolescentes. Gleyson Dias da Silva, 18 anos, confessou ter executado a vítima com um tiro nas costas e outro na cabeça. Gleyson Dias, seu irmão, de 17 anos, e Josinaldo do Rosário da Silva, 24 anos, abordaram a vítima quando ela tentava entrar na garagem de seu prédio com um veículo Fiat Siena. Armados, os suspeitos colocaram a vítima na mala do carro e seguiram por várias localidades até chegar a Mituaçú, onde ocorreu a execução. Ainda na mala do seu carro, Bruno fez uma ligação do celular para sua esposa, dizendo que havia sido sequestrado. A PM realizou várias rondas na tentativa de localizar a vítima.
Por volta da 1h da madrugada de ontem, o major Jucier e o sargento Vandregi Rocha, do Choque, localizaram o carro de Bruno no bairro do José Américo. Na abordagem, os policiais prenderam José Alexsandro Cavalcanti de Lima, 32 anos, que já iria estacionar o veículo em uma garagem. “Ele afirmou que houve o assalto e nos conduziu ao local onde o corpo do Bruno estava. Em seguida indicou as pessoas que teriam participado do crime e o local onde poderiam ser encontradas. O José Alexsandro disse ainda que o carro seria vendido hoje (ontem) por R$ 5 mil e que o jogo de rodas teria chamado a atenção dos outros criminosos,” afirmou o tenente-coronel Lívio Sérgio, comandante do 5º Batalhão da PM.
A ação policial então foi toda concentrada no conjunto Colinas do Sul, local onde os suspeitos estariam. Às 5h de ontem, ao invadir uma casa que supostamente seria utilizada como ‘boca de fumo’, os policiais conseguiram encontrar os adolescentes, entre eles um que participou do sequestro, e Gleyson Dias da Silva, acusado do homicídio.
A arma utilizada no assassinato, um revólver calibre 38, foi encontrada enterrada em um terreno ao lado do local em que os suspeitos estavam. Na residência foram encontrados ainda pedras de crack e objetos da vítima, como uma mochila, cartões de crédito, celulares e a quantia de R$ 170. Faltando ainda localizar o notebook de Bruno, a quantia de R$ 1.200, que ele portava quando foi sequestrado, e um veículo Kadett, azul, que teria sido utilizado no crime. O grupo detido assaltava residências em bairros da zona sul da capital. Eles foram autuados em flagrante por sequestro e homicídio e vão para o presídio.
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