COTIDIANO
G20 firma pacto de vigilância sobre paraísos fiscais
Líderes do G20 mostraram comprometimento em aumentar a vigilância sobre o balanço dos bancos e os paraísos fiscais para criar um sistema de alarme preoce para crises econômicas.
Publicado em 02/04/2009 às 12:31
Do G1
A declaração final da reunião do G20 (grupo de líderes de países desenvolvidos e em desenvolvimento), detalhado nesta quinta-feira (2) pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, mostrou um comprometimento das nações envolvidas em aumentar a vigilância sobre o balanço dos bancos e os paraísos fiscais para acabar com os "segredos bancários" e garantir um "sistema de alarme precoce" para crises econômicas.
De acordo com Brown, todas as economias do mundo já investiram cerca de US$ 5 trilhões, separdamente, para restabelecer a atividade. Segundo ele, as medidas de regulação vêm para complementar esse trabalho individual dos países. Conforme o primeiro-ministro britânico, as novas regras serão aplicadas de forma conjunta, imediatamente, pelos países-membros do G20.
"Nós acordamos que normas internacionais de contabilidade terão que ser estabelecidas, com novo critério de classificação de crédito. (...) O segredo bancário tem que ser terminado", disse ele, afirmando que as novas regras serão impostas a uma lista de paraísos fiscais. "Vamos limpar os bancos para promover o aumento de empréstimos às famílais e empresas."
US$ 1 trilhão em dinheiro novo
O documento inclui também injeção de US$ 1 trilhão em dinheiro novo na economia, incluindo o compromisso de triplicar os recursos à disposição do Fundo Monetário Internacional (FMI), hoje em US$ 250 bilhões, para US$ 750 bilhões. Além disso, o primeiro-ministro britânico também anunciou que US$ 250 bilhões adiconais serão usados para promover o comércio internacional.
De acordo com Gordon Brown, haverá uma "modernização" de instituições internacionais, como o FMI, para incluir uma participação maior dos países emergentes. Ele afirmou que os líderes "conclamaram" que o Fundo "monitore o progresso" relacionado a crise, "reportando sobre as ações de recuperação".
No documento, o G20 definiu que as "instituições internacionais fortaleçam sua vigilância sobre a economia mundial, (objetivando) a redução da pobreza e o crescimento econômico".
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