Gangue que agia no Sertão é presa

A Polícia Civil do Estado do Ceará acredita ter desarticulado um grupo responsável pela prática de vários assaltos e arrombamentos, com o uso de explosivos, a bancos na região Nordeste do Brasil. A quadrilha, segundo a polícia, teria praticado ações também no Sertão da Paraíba entre os meses de novembro e dezembro do ano passado. Com o grupo, foram apreendidos um fuzil, três pistolas, 14 bananas de dinamite, três veículos, coletes à prova de bala, munição, capuzes, máscaras e roupas de camuflagem.

“Nós estamos investigando a atuação dessa quadrilha em todo o Nordeste. Eles agiam de forma organizada, sempre com comparsas colocados em vários Estados, e na Paraíba temos informações de que eles também teriam atuado em duas cidades sertanejas, cujos nomes estamos evitando divulgar nesse momento para não atrapalhar as investigações”, observou o delegado titular da Delegacia de Roubos Furtos (DRF) de Fortaleza, Romério Almeida.

De acordo com a polícia, além da Paraíba, o grupo teria atuação nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Tocantins. “A quadrilha tinha facilidade grande de se locomover e, com isso, praticava crimes em outros estados”, afirmou à imprensa cearense o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas.

Foram presos José Fabiano Nunes, 33 anos, apontado como líder do grupo; Glauco Silva Andrade, 22 anos; Francisco José de Oliveira (Chico Galo), 30 anos; Benair Alves de Queirós Júnior, 23 anos; Claudivam Alves dos Reis, 31 anos; Felipe Chaves Araújo (Peruca), 24 anos; e Lemoel Correia de Melo, 34 anos. Os últimos três são potiguares.

Os acusados foram detidos em flagrante e indiciados por formação de quadrilha, porte ilegal de arma restrita e receptação e adulteração de veículos. As prisões aconteceram nas cidades cearenses de Fortaleza, Pacajus e Maracanaú na última quarta-feira.

A investigação da polícia aponta que a guarda dos explosivos e fuzis ficava sob responsabilidade de Benair Alves. Já Glauco e Chico Galo seriam os responsáveis pela guarda de veículos roubados para a prática dos crimes, além de servirem como motoristas durante as fugas. Os dois acusados do Rio Grande do Norte, Leomel e Felipe, fugiram da penitenciária de segurança máxima em Alcaçuz, em 2010.