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COTIDIANO

Golpista é preso por enganar 200 pessoas

Rapaz que se dizia curandeiro cobrava até R$ 2.000 pelos trabalhos e tinha uma lista de aproximadamente 200 clientes.

Publicado em 06/01/2012 às 6:30

A polícia do Rio Grande do Norte (RN) prendeu em flagrante um paraibano acusado de se passar por curandeiro para aplicar golpes na cidade de Apodi/RN. Segundo a denúncia, Iranilson Santos da Nóbrega, de 23 anos, se apresentava como ‘Guardião Ogum’ e cobrava até R$ 2 mil para fazer falsos rituais com a promessa de curar alcoolismo, depressão e até câncer. As investigações apontam que ele fez mais de 200 vítimas, provocando um prejuízo estimado em mais de R$ 60 mil.

A prisão aconteceu na última quarta-feira. Iranilson ainda tentou fugir, mas foi detido numa barreira montada pelas polícias Civil e Militar na BR-405, próximo à comunidade de Jucuri, já na zona rural de Mossoró. Com o acusado, os policiais apreenderam vários documentos, notas fiscais, listas com nomes de clientes, além de fotos e cartas enviadas pelas vítimas, muitas delas com pedidos de cura e oração. O material foi apreendido e será usado como prova. O carro usado pelo o paraibano, um Ecosport prata, também foi recolhido pelos policiais.

Iranilson Nóbrega será autuado pelo crime de charlatanismo e estelionato, cuja pena vai de um a cinco anos. Ele nasceu em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, onde já responde a um processo por estelionato há cerca de quatro anos.

O caso está sendo investigado pelo delegado Renato Oliveira, da Polícia Civil em Apodi. Ele deflagrou a operação para prender o paraibano após ter recebido queixas de vítimas que registraram boletins de ocorrência contra o ‘Guardião Ogum’.

Segundo a Polícia Civil, ele confessou o crime logo após ter sido preso.

“Ele dizia que curava tudo, males físicos e emocionais. Prometia solução pro câncer, pressão alta e também prometia expulsar demônios. Tivemos acesso à toda contabilidade dele, comprovando que ele cobrava entre R$ 500 e R$ 2 mil para os trabalhos com as vítimas”, adiantou o delegado Renato Oliveira.
Acusado está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi-RN à disposição da Justiça.

Imagem

Jornal da Paraíba

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