COTIDIANO
Grammy de Adele X Beyoncé também tem Caetano e Gil
Publicado em 12/02/2017 às 6:37 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46
Neste domingo (12) tem Grammy.
Adele e Beyoncé brigam pelos destinos da música pop!
Prefiro Beyoncé! Gosto de Lemonade!
Quem leva mais? É o que perguntam as matérias que leio.
Quando confrontam os números das duas, lá estão o Facebook, Instagram, Twitter, Youtube, Spotify. Parecem mais importantes do que os discos físicos que ainda conseguem vender.
O Grammy é, portanto, a grande festa de uma indústria em crise e em busca de novos caminhos.
Entre as muitas categorias, ao Brasil foi reservada uma indicação.
Caetano Veloso e Gilberto Gil disputam, com Dois Amigos, Um Século de Música, o prêmio de melhor álbum do ano na categoria World Music. Também foram indicados Celtic Woman, Ladysmith Black Mambazo, Yo-Yo Ma e Anoushka Shankar.
World Music! Sempre acho muito pouco para classificar os nossos grandes artistas!
O álbum duplo Dois Amigos, Um Século de Música traz o registro integral do duo acústico que Caetano e Gil apresentaram dentro e fora do Brasil durante mais de um ano, a partir de junho de 2015.
Transcrevo, rapidamente, algo que escrevi quando vi o show em sua passagem pelo Recife:
O que temos no palco são dois homens que já ultrapassaram o limiar da velhice, revendo o que fizeram em cinco décadas. O “aqui é o fim do mundo”, de Gil, ou o “eu organizo o movimento”, de Caetano, parecem ter outra sonoridade e dizer mais do que diziam há quase meio século. Conseguem juntar o país convulsionado de ontem com o país convulsionado de hoje. E confirmam a opinião, de Caetano, de que o cancioneiro popular do Brasil fala muito profundamente do nosso destino como nação.
No Grammy 2017, portanto, minha torcida é por Caetano e Gil, Dois Amigos, Um Século de Música!
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