COTIDIANO
Greves no INSS somam quase 400 dias desde 2000
Paralisação mais longa, em 2001, durou 111 dias. Servidores entraram em greve na última terça-feira (16).
Publicado em 20/06/2009 às 11:27 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:39
Do G1
Em greve desde a última terça-feira (16), os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acumulam um longo histórico de paralisações. Com poucas exceções, a categoria realizou paralisações quase todos os anos desde a década de 1980. Desde 2000, foram 398 dias de greve.
Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a paralisação atual não tem data para acabar.
Os trabalhadores pedem, entre outras coisas, a contratação imediata de novos servidores, jornada de 30 horas semanais sem redução de salário e paridade salarial entre servidores ativos e aposentados.
As reivindicações são semelhantes às da última greve anterior da categoria, ocorrida em 2005 e que durou 72 dias. Na época, os servidores pediam regulamentação das 30 horas semanais, equiparação salarial e incorporação de gratificações.
“As reivindicações de hoje são as mesmas de 2005”, diz Moacir Lopes, da secretaria de Administração e Finanças da Fenasps.
Ele afirma que o acordo feito à época, que encerrou a paralisação, não foi cumprido pelo governo.
“A única coisa que mudou (da greve de 2005) foi que a gente saiu com um grupo de trabalho, que negociou (com o governo) durante dois anos, mas quando chegou na hora do finalmente o governo disse que não tinha acordo”, diz.
O INSS contesta a informação. “Na greve de 2005 foi feito um acordo e esse acordo foi cumprido na íntegra. Tanto é que até agora não teve mais paralisação”, afirmou o presidente do Instituto, Valdir Moisés Simão.
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