COTIDIANO
Grupos de moradores de rua sofrem atentados em diferentes bairros de CG
Dois grupos de moradores de rua foram espancados e esfaqueados na madrugada desta terça-feira (9) no Açude Velho e no bairro José Pinheiro.
Publicado em 09/11/2010 às 7:41
Karoline Zilah
Com informações de Denise Delmiro, da TV Paraíba
Dois grupos de moradores de rua foram espancados e esfaqueados na madrugada desta terça-feira (9) em duas localidades próximas em Campina Grande. Os casos foram registrados pela Polícia Militar num intervalo de apenas 18 minutos, que investiga se os agressores foram os mesmos nas duas ocorrências.
As ocorrências lembram o massacre que acontece em Maceió desde o começo do ano. Trinta e um moradores de rua já foram executados na Capital do Alagoas. A lista dos 31 mortos foi divulgada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Arquidiocese de Maceió para pressionar as investigações. As entidades temem que vítimas sem nome e sem sobrenome não mereçam a mesma atenção do estado. O assunto foi destaque no programa Fantástico do último domingo (7).
De acordo com a Central de Operações da Polícia Militar (Copom), as primeiras agressões foram registradas no Açude Velho, às 3h07. Três moradores de rua dormiam próximo à sede do Circuito Universitário de Cultura e Arte (Cuca), quando foram surpreendidos por dois homens armados com facas do tipo peixeira. Feridos, mas ainda conscientes, eles chamaram a polícia, explicaram o ocorrido e pediram socorro.
As pessoas atacadas foram Severino Ramos da Silva, de 28 anos, Isac Barbosa e Luzenildo Sousa Rocha. Eles receberam atendimento médico no Hospital Regional de Campina Grande.
Poucos minutos depois, às 3h25, a PM recebeu um novo chamado, desta vez no bairro José Pinheiro. Chegando ao local, os policiais encontraram apenas sangue no chão. As vítimas, José Delfino Alves, de 37 anos, e José Eliel Tenório, já haviam sido levadas para o hospital por ambulâncias do Samu. Os policiais entraram em contato com os moradores de rua no hospital, e eles explicaram que haviam sido agredidos da mesma forma, por dois homens que estavam armados com peixeiras.
No primeiro contato com a polícia, as vítimas disseram não terem identificado os agressores, mas depois, no hospital, chegaram a citar nomes de suspeitos. O motivo do ataque teriam sido dívidas das vítimas pela compra de drogas.
Atualizada às 10h40
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