COTIDIANO
Investigação por lavagem de dinheiro contra Gusttavo Lima e 'Vai de Bet' é arquivada
Decisão segue parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, que não encontrou elementos para o prosseguimento das investigações.
Publicado em 09/01/2025 às 16:37 | Atualizado em 09/01/2025 às 18:08
A Justiça de Pernambuco determinou nesta quinta-feira (9) o arquivamento da parte da Operação Integration que investigava o envolvimento do cantor Gusttavo Lima e de empresários da “Vai de Bet”, empresa paraibana, em um suposto esquema de lavagem de dinheiro.
A decisão é da juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral de Justiça, feito em dezembro de 2024, que concluiu não haver indícios suficientes de participação dos investigados nos crimes apontados.
O arquivamento foi solicitado pela subprocuradora-geral de Justiça, Norma Mendonça Galvão de Carvalho, que acompanhou o entendimento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). De acordo com a subprocuradora, as operações financeiras suspeitas relacionadas ao cantor e aos sócios não apresentaram conexão com infrações penais nem com a empresa “Esportes da Sorte”, também investigada na operação.
Além disso, a decisão judicial determinou a retirada de restrições, como a devolução de bens apreendidos e o fim de medidas cautelares, como a suspensão de deslocamento dos investigados.
José André da Rocha Neto, CEO da “Vai de Bet”, comemorou a decisão da Justiça. "Sempre confiamos na Justiça e, desde o início da operação, nunca tivemos dúvida sobre qual seria o desfecho da investigação. Agradeço às autoridades pela lucidez e celeridade com que trataram nosso caso.”
O que é a Operação Integration?
A Operação Integration, iniciada em setembro de 2024, investiga uma quadrilha suspeita de movimentar R$ 3 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo jogos ilegais. Na época foram expedidos, ao todo, 19 mandados de prisão e outros 24, de busca e apreensão, no Recife e nas cidades de Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
Entre os alvos iniciais da operação estavam Gusttavo Lima, José André da Rocha Neto, e outras figuras ligadas à plataforma de apostas como a influenciadora Deolane Bezerra, além de empresas envolvidas em jogos na internet, conhecidas popularmente como "bets".
Uma delas é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte, que também atua como patrocinadora de alguns times de futebol, como Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz.
No curso das investigações, foram realizados bloqueios de bens e valores que somaram mais de R$ 2 bilhões. As autoridades também emitiram mandados de prisão, inclusive contra Gusttavo Lima, acusando-o de ajudar na fuga de investigados.
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