COTIDIANO
Hedilberto é condenado a 13 anos de prisão; Samuel é absolvido
Foram 15 horas de julgamento em Cabedelo, na quinta-feira (24). Réus foram acusados de matar o estudante Adriano Tozzi na casa de shows Portal das Cores, em 2000.
Publicado em 25/03/2011 às 6:51 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:31
Valéria Sinésio e Luzia Santos
Do Jornal da Paraíba
Após mais de 15h de sessão, saiu o resultado do julgamento do caso Adriano Tozzi. Hedilberto Ribeiro Leite foi condenado a 13 anos de reclusão, enquanto Samuel Figueiredo Lima foi absolvido. O advogado de defesa de Hedilberto, Abraão Beltrão, informou que vai apelar da decisão e que seu cliente vai aguardar o resultado em liberdade.
Hedilberto Ribeiro e Samuel Figueiredo foram acusados de matar o estudante Adriano Tozzi, há quase 11 anos.
O julgamento aconteceu na quinta-feira (24) no Fórum de Cabedelo e reuniu amigos e familiares da vítima. Inicialmente, o juiz Salvador de Oliveira Vasconcelos fez o sorteio dos sete jurados para compor o Conselho de Sentença. A mãe do estudante, Zulima Tozzi, acompanhou o julgamento ao lado da filha e do genro, sem chorar, porém, muito atenta a cada palavra dita pelos réus. As testemunhas das partes foram dispensadas pela promotoria e pela defesa.
O início da sessão começou às 8h30 com o juiz Salvador Vasconcelos lendo a denúncia feita pelo Ministério Público no ano 2000, na qual o promotor atribui aos acusados a morte do estudante, ocorrida no interior da boate Portal das Cores, em Cabedelo. O primeiro a ser ouvido foi Hedilberto, que confirmou na íntegra o depoimento que deu no primeiro julgamento, realizado em 2004. Ontem, o acusado, que tem na banca de defesa o advogado Abraão Beltrão, foi novamente interrogado; seu depoimento foi marcado por contradições.
O promotor de Justiça Marinho Mendes questionou Hedilberto sobre a briga que culminou com a morte de Tozzi, mas ele disse não recordar de nenhuma situação do tipo. Inclusive, a frase ‘não recordo’ foi a resposta de Hedilberto para a maioria das perguntas feitas pelo promotor e pelo juiz. Por outro lado, o acusado soube dar detalhes sobre a roupa que estava no dia do crime. Hedilberto não soube explicar, por exemplo, a apreensão de um revólver que pertencia ao seu pai, na época militar do Exército.
O segundo a prestar depoimento foi Samuel Lima. Ele confirmou que viu Hedilberto na festa com um revólver. A informação foi negada pelo advogado Beltrão e pelo próprio acusado. A sessão foi interrompida por volta do meio dia. A tarde, foi a vez da promotoria e dos advogados de defesa apresentarem suas argumentações. A promotoria pediu a condenação dos dois por alegar que ambos participaram da briga que resultou na morte de Adriano.
Por volta das 18h30, um segundo intervalo, desta vez para o jantar foi realizado. No retorno da sessão, a promotoria voltou a falar, em seguida, o jurado se reuniu para dar definir a situação dos réus.
Antes de iniciar o julgamento, a expectativa da mãe de Tozzi era pela Justiça. “Não é só minha família que almeja isso, não somos apenas nós que passamos por esse problema”, declarou. Zulima também lamentou a morosidade da Justiça em dar um desfecho ao caso.
Leia a reportagem completa na edição desta sexta-feira (25) do Jornal da Paraíba
Comentários