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COTIDIANO

Homicídio elucidado

De acordo com investigações, alemão era viciado em crack e tinha uma dívida de R$ 1mil com traficante.

Publicado em 01/02/2012 às 6:30


Um mês dedicado às investigações e a Polícia Civil conseguiu elucidar o assassinato do alemão Siegsried Schimts, de 62 anos. As investigações mostraram que o homicídio foi motivado por uma dívida de drogas no valor de R$ 1 mil e o executor do crime é um adolescente de 16 anos, conhecido por ‘Barata’, que fornecia a droga e está foragido. Para chegar ao autor do crime o depoimento de uma testemunha foi fundamental.
Siegsried Schimts era usuário de crack há aproximadamente um ano e consumia grande quantidade da droga semanalmente. De acordo com o delegado Marcelo Falcone, que conduziu as investigações, o alemão comprava semanalmente entre R$ 150,00 e R$ 200,00 em crack o que acabou por fazê-lo acumular uma dívida de R$ 1 mil com o suposto traficante identificado por ‘Barata’, de 16 anos.

Os laudos do Instituto de Polícia Científica (IPC) mostraram que os golpes de faca que atingiram a vítima foram desferidos por uma pessoa de baixa estatura e que não aplicou muita força.

‘Barata’ também deixou seu material genético na cena do crime, pois havia machucado a mão dois dias antes do crime. O pedaço da bermuda que o autor do crime utilizava também foi fundamental para a elucidação do caso. Outras duas pessoas estavam no local do homicídio e presenciaram o crime.

“Os laudos apontaram um único autor e uma testemunha, que viu quando os três rapazes entraram na casa do alemão, afirmou que o adolescente ‘Barata’ trajava uma bermuda de tactel da mesma cor do tecido que foi encontrado na cena do crime. Nós chegamos rapidamente ao autor do assassinato, mas a participação dele só seria comprovada com a liberação dos laudos técnicos,” explicou o delegado Marcelo Falcone.

O delegado ainda revelou que o assassinato aconteceu no dia 30 de dezembro, por volta das 19h30, quando o alemão chamou o traficante ‘Barata’ até a sua casa, na Praia Formosa, em Cabedelo, com o objetivo de adquirir mais entorpecente. Ele chegou a oferecer a quantia de R$ 300 ao traficante para saldar uma parte da dívida que possuía, no valor de R$ 1 mil.

“O ‘Barata’ não aceitou a quantia, pois já havia cobrado muitas vezes para que o alemão quitasse sua dívida. Eles entraram em uma discussão, provavelmente houve luta corporal quando foi arrancado parte do tecido da bermuda do agressor e o crime foi praticado,” disse Marcelo Falcone, acrescentando que a quantia de R$ 300 foi encontrada no local do crime.

O pai do adolescente ‘Barata’ prestou depoimento ao delegado Marcelo Falcone e afirmou que o garoto fugiu de casa um dia após o crime ser descoberto. “Ao perceber a repercussão do crime ele fugiu imediatamente e ainda não foi localizado,” completou o delegado. O alemão conheceu o adolescente na época em que promovia festas em sua residência.

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Jornal da Paraíba

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