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COTIDIANO

Incêndio em rebelião no Presídio de Santa Rita causa duas mortes

Detentos do Presídio Padrão se rebelaram na noite da sexta-feira querendo negociar penas e provocaram incêndio com colchões. Esta semana, diretoria frustou fuga em massa.

Publicado em 29/05/2010 às 8:12

Karoline Zilah
Com Luzia Santos, do Jornal da Paraíba

Após 10 horas de tensão, terminou com duas mortes a rebelião iniciada por volta das 21h30 da sexta-feira (28) no Presídio Padrão de Santa Rita. A confusão seguida de incêndio mobilizou o secretário estadual de Administração Penitenciária, Carlos Mangueira, homens do Batalhão de Choque, equipes do Corpo de Bombeiros e o comandante do Primeiro Batalhão da Polícia Militar de João Pessoa, coronel Carlos Américo.

Todas as 40 celas foram atingidas, mas em nenhum momento os manifestantes conseguiram sair do pavilhão para o pátio.

De acordo com a diretora do presídio, Edna Veloso, os representantes do Estado e dois familiares dos detentos tentaram negociar as reivindicações mas, mesmo cedendo a alguns dos pedidos, os presos não teriam aceitado e teriam iniciado o incêndio.

Até o momento, segundo os números da diretoria, apenas dois detentos teriam ficado feridos: Honaldo Félix da Silva, de 41 anos, e Francisco de Assis Albuquerque, de 26. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Trauma, eles estão na Enfermaria sob custódia policial e apresentam estado de saúde regular.

Já as duas vítimas fatais eram presos provisórios por tráfico de drogas e homicídio.

Motivação

A rebelião teria sido motivada pela transferência para o PB-I de cinco acusados de planejar uma fuga em massa que foi frustrada na última quarta-feira (26), durante uma operação pente-fino, quando a diretoria descobriu grades serradas e coladas com sabão para disfarçar.

Além da suspensão dos planos de fuga, a administração do presídio diz que os detentos exigiam a presença de um juiz que pudesse rever e negociar as penas, uma vez que muitos dos homens já estariam detidos além do prazo. Contudo, de acordo com Edna Veloso, mensalmente o Presídio Padrão tem a visita de um juiz para resolver estas pendências.

Para ela, este tipo de rebelião violenta, com incêndio, é motivada pela presença de detentos que vêm de outros Estados, com hábitos diferentes dos criminosos que pertencem à Paraíba.

Como aconteceu

Os detentos quebraram as camas de alvenaria, jogaram os colchões para fora das celas e atearam fogo. Em seguida, começaram a gritar e a confusão se instalou no presídio. O gerente do Sistema Penitenciári, Ivonilton Wanderley, foi chamado para participar das negociações.

Durante a rebelião, os presos quebraram a parede de uma cela. A queima de colchões provocou o aparecimento de fumaça que tomou conta do presídio e pode ser vista de longe. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e precisaram subir pelo telhado do presídio para ter acesso ao local.

O batalhão do Choque se posicionou na frente do presídio para invadir e foram barrados por familiares. A polícia usou bombas de efeito moral para conter os ânimos. Em seguida, houve a intervenção do Choque.

Providências

Na manhã deste sábado (30), a diretoria do presídio, os Bombeiros e a Polícia Militar fazem um levantamento dos danos causados durante a rebelião, bem como da situação dos detentos. De acordo com a diretora Edna Veloso, está tudo sob controle. No entanto, a administração tem que lidar com a revolta dos parentes dos presos, que se concentram e manifestam em frente à unidade prisional.

Atualizada às 18h29

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Jornal da Paraíba

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