COTIDIANO
Índice de doadores de órgãos triplica na Paraíba, diz ABTO
Número subiu de 3 doadores por milhão de população (pmp) para 10,9 (pmp), destacando-se entre os cinco estados brasileiros que mais avançaram. Média nacional é de 10,2 (pmp).
Publicado em 23/05/2010 às 15:02
Da Redação
Com informações da Folha Online
A Paraíba está entre os cinco estados brasileiros que mais avançaram em relação à doação de órgãos em todo o País, segundo balanço da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), divulgado pelo portal da Folha de São Paulo. Os resultados, que dizem respeito ao primeiro trimestre, revelam que a Paraíba aparece com índice de 10,9 doadores por milhão de população (pmp), superando a média nacional de 10,2 pmp.
O novo índice da Paraíba é três vezes maior aos número registrados anteriormente, que marcavam apenas 3 doadores por milhão de população. Outros estados que sensibilizaram a população nessa questão foram: São Paulo, que cresceu de 15,4 pmp para 22,6 pmp; Ceará, de 11,2 pmp para 19,1 pmp; Distrito Federal, de 9,8 pmp para 18 pmp;,e Espírito Santo, de 10,2 pmp para 17 pmp.
De acordo com os dados da ABTO, em números absolutos foram 485 doadores com órgãos transplantados no período entre janeiro e março de 2010 (projeção de 1.940 para o ano), contra 378 (8 pmp) no mesmo período do ano passado e 1.658 (8,7 pmp) no total de 2009.
O presidente da ABTO, Ben-Hur Ferraz Neto, explicou em entrevista à Folha que o crescimento se deve a várias ações, como "a formação de pessoas especializadas nos cuidados com o doador de múltiplos órgãos e na abordagem da família. As equipes são treinada para lidar com todas as etapas do transplante". Ele ainda declarou que a meta para o resto do ano é atingir 10 doadores com órgãos transplantados por milhão de população. "Para o próximo trimestre, queremos no mínimo manter essa taxa. Para 2010, esperamos superar a expectativa de 10 pmp".
Para a ABTO, a intenção é que seja possível fazer um estudo consolidado dos transplantes realizados em todo o Brasil a médio e longo prazo, promovendo ações que possam resultar em melhorias.
Segundo dados fornecidos pelas equipes transplantadoras que atualizaram 100% dos seus transplantes, a sobrevida dos pacientes e enxertos por órgãos foi maior em cirurgias no pâncreas após rim, seguida por rim, fígado, coração e pâncreas/rim.
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