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COTIDIANO

Transfobia: influenciadoras são impedidas de usar banheiro feminino

Caso aconteceu no último domingo (27), em um estabelecimento em Cajazeiras. Luana e Sabrina, conhecidas respectivamente como A Cega e Riquinha, denunciam que foram impedidas de usar o banheiro feminino e constrangidas pelo gestor do local.

Publicado em 30/06/2021 às 10:50 | Atualizado em 14/02/2023 às 14:16


                                        
                                            Transfobia: influenciadoras são impedidas de usar banheiro feminino
Influenciadoras denunciam transfobia após serem impedidas de utilizar banheiro feminino em Cajazeiras. Foto: Reprodução/Instagram

Duas influenciadoras transsexuais denunciaram o dono de uma choperia em Cajazeiras à polícia por transfobia, após relatarem terem sido impedidas de usar o banheiro feminino do estabelecimento no último domingo (27).

De acordo com a influenciadora Luana Gonçalves, de 22 anos, conhecida como A Cega, ela foi almoçar no estabelecimento com Sabrina Martins, de 18 anos, conhecida como Riquinha. As duas estavam indo ao banheiro, quando foram abordadas pelo proprietário, Gilson Lacerda, que disse que elas deveriam utilizar o masculino. Após este comentário, houve uma discussão registrada em vídeo.

Na discussão, conforme vídeo, o homem disse que as influenciadoras eram homossexuais e não mulheres e que só poderiam entrar no banheiro feminino caso tivessem feito cirurgia para redesignação sexual.

As influenciadoras Luana e Sabrina procuram a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEM) de Cajazeiras, onde realizaram um boletim de ocorrência. O homem deve ser intimado ainda esta semana, e testemunhas que estavam no local também serão acionadas.

>>> Do sertão ao litoral, Movimento LGBTQIA+ na PB luta por direitos desde a década de 80

Veja o vídeo

Ao JORNAL DA PARAÍBA, A Cega disse que ela e Riquinha decidiram denunciar o caso à polícia para que situações como esta não se repitam. “É inadmissível uma coisa dessas acontecer nos dias de hoje. Esperamos que a repercussão possa servir de exemplo. Por isso não podemos nos calar”.

Em nota, o estabelecimento afirmou que “em nenhum momento houve proibição ou constrangimento causado às mulheres trans, conhecidas como Riquinha e A Cega, e que está à disposição para prestar todos os esclarecimentos sobre o fato narrado acima”.

A delegada do caso, Yvna Cordeiro, afirmou que, após os depoimentos, vai dar continuidade ao procedimento, de acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que criminaliza a homofobia e a transfobia. A delegada também ressalta que é fundamental que toda a sociedade busque se informar e respeitar todas as pessoas, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.

“Não cabe mais ficarmos alheios a esta situação e justificarmos nosso preconceito com 'foi sem querer'. Hoje nós temos a internet, temos debates de toda a natureza, temos programas em TV aberta, em blogs, lives, aplicativos, tudo com o intuito de causar empatia e respeito à condição humana”, afirmou.

O diretor da Gerência Municipal LGBTQIA+ de Cajazeiras, Delanio Silva, explica que uma pessoa trans é alguém que não se identifica com o gênero ao qual foi designado em seu nascimento e que não necessita ter passado por cirurgia de redesignação sexual para ter a sua identidade respeitada.

"Podemos utilizar 'mulher trans' ou 'pessoa transfeminina' para se referir a alguém que foi designado homem, mas se entende como uma figura feminina. Já o termo “homem trans” ou “pessoa transmasculina” é indicado para tratar uma pessoa que foi designada mulher, mas se identifica com uma imagem pessoal masculina".

Confira a nota completa do estabelecimento

"A Artchopperia, referente a acusação contra o seu proprietário de impedimento de uso do banheiro feminino por mulheres trans, fato ocorrido no domingo, dia 27 de junho de 2021, por volta das 17h:26m, esclarece que em nenhum momento houve proibição ou constrangimento causado às mulheres trans conhecidas como “Riquinha” e “Acega”, tanto que elas, chegaram ao local, no mesmo dia, às 12h:50m, e usaram o banheiro feminino normalmente, por diversas vezes, tendo, depois, publicado vídeo particionado nas redes sociais, gerando repercussão a qual não foi condizente à realidade dos fatos.

Esclarece, ainda, que além da data acima citada, corriqueiramente, as mesmas mulheres trans frequentaram a Artchopperia e lá sempre fizeram o uso do banheiro feminino, sem restrição ou constrangimento. Enaltece, também, que a Artchopperia, empreendimento que funciona na cidade de Cajazeiras há 15 anos, sempre respeitou a diversidade sexual e liberdade de gênero, tendo em muitos lugares da casa, em cumprimento a lei, placas informando quanto a proibição à discriminação sexual e, além disso, tem dentre os seus colaboradores membros da comunidade LGBTQIA+.

Por fim, a Artchopperia declara que está à disposição para prestar todos os esclarecimentos sobre o fato narrado acima, e que se mantém, de portas abertas, para receber bem todas as pessoas, independente da orientação sexual, etnia, classe social e religião, para cumprir a sua missão que é oferecer serviço de bar e restaurante, com alimentação de qualidade e entretenimento. A DIREÇÃO."

Imagem

Luana Silva

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