COTIDIANO
'Irã arma e financia terrorismo', diz presidente de Israel
Shimon Peres deu declaração em telefonema aos embaixadores do país na Índia e na Geórgia.
Publicado em 14/02/2012 às 9:00
O presidente de Israel, Shimon Peres, acusou ontem o Irã de "armar e financiar" o terrorismo global. A declaração ocorre no mesmo dia do ataque à Embaixada israelense em Nova Déli, na Índia, e a tentativa na de Tbilisi, na Geórgia. "Israel não se assusta ante atos terroristas e seguirá atuando para proteger seus cidadãos em qualquer lugar do mundo", afirmou em telefonema aos embaixadores do país na Índia, Alon Ushpiz, e na Geórgia, Yitzak Gerberg, como informado em comunicado feito pelo gabinete presidencial.
Peres também desejou "pronta recuperação" a Tal Yehoshua Koren, mulher do adido militar na Índia, que ficou ferida no ataque à representação de Nova Déli. O presidente também pediu aos embaixadores que agradeçam aos governos locais e às forças de seguranças pela "completa cooperação" no socorro às vítimas e nas investigações das ações terroristas.
CONDENAÇÃO
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou ontem os atentados contra funcionários das embaixadas de Israel na Índia e na Geórgia, e disse que Washington se dispõe a participar das investigações dos incidentes. "Condeno nos termos mais enérgicos possíveis o bombardeio de um veículo diplomático israelense na Índia e a tentativa de ataque contra a equipe da Embaixada de Israel na Geórgia", disse.
Hillary afirmou que o terrorismo é uma "afronta" à comunidade internacional e deu seu apoio às famílias das vítimas. Também ofereceu a ajuda dos Estados Unidos para investigar os incidentes.
FERIDOS
O ataque em Nova Déli deixou quatro pessoas feridas, três indianos e uma israelense, esposa do adido militar de Israel, enquanto em Tibilisi não foram registradas vítimas, segundo a rádio pública israelense.
O Irã negou estar por trás dos atentados. "Rejeitamos categoricamente as acusações do regime sionista. São parte de uma guerra de propaganda", disse o porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, citado pela emissora estatal Al-Alam. "O Irã condena todos os atos de terrorismo", acrescentou.
Nenhum grupo reivindicou a autoria das ações, que acontecem um dia após o quarto aniversário do assassinato do líder militar do Hezbollah, Imad Mugniye, em um atentado com carro-bomba em Damasco atribuído pelo grupo libanês ao Mossad – o serviço secreto israelense.
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