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COTIDIANO

Israel corta relações com conselho da ONU

Israel anunciou ainda que não permitirá a visita da comissão ao país.

Publicado em 27/03/2012 às 8:00


O governo de Israel cortou relações com o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em reação à decisão do órgão de criar uma comissão para investigar os assentamentos judaicos nos territórios ocupados.

Israel anunciou ainda que não permitirá a visita da comissão ao país e que estuda sanções à Autoridade Nacional Palestina (ANP), que articulou a votação na ONU.

Israel acusa o CDH, com sede em Genebra, de agir com "maioria automática" para condenar o país, com o voto dos países muçulmanos e a cooperação da maioria dos emergentes. Na sessão que aprovou a comissão, na semana passada, houve 36 votos a favor, 10 abstenções e só 1 voto contra, dos EUA.

Israel não integra o CDH, mas pode acompanhar sessões e fazer intervenções por ser membro da ONU. O embaixador israelense em Genebra foi orientado a suspender a cooperação e não atender nem a telefonemas do CDH.

O rompimento foi condenado na imprensa israelense, pelo risco de reforçar o isolamento diplomático do país. Mas o porta-voz do ministério das Relações Exteriores do país, Yigal Palmor, minimizou os possíveis danos.

"Concluímos que tudo o que fazemos não adianta nada, simplesmente ignoram o que dissemos e fazemos", disse Yigal Palmor. O porta-voz ainda acrescentou que "se o conselho não coopera conosco, não vamos cooperar com ele".

Para ressaltar o argumento de que o CDH é tendencioso, Palmor disse que, de 82 condenações aprovadas desde 2006, 46 foram contra Israel, 5 contra a Síria e 2 contra o Irã. Ele confirmou que a missão da ONU será barrada.

PALESTINOS
Os palestinos festejaram a criação da comissão como mais uma vitória em sua campanha para pressionar Israel. Em 2011, a tentativa de reconhecimento da Palestina como membro pleno da Organizações das Nações Unidas foi barrada no Conselho de Segurança, mas em seguida a Unesco se tornou a primeira agência da ONU a fazê-lo.

Nabil Shaath, um dos principais dirigentes da Autoridade Nacional Palestina (ANP), disse que a recusa de Israel em cooperar não bloqueará a investigação.

Segundo Nabil Shaatah, mapas e fotos estão sendo preparados para a análise da ONU. "Iremos a qualquer órgão internacional que possa investigar e impor sanções", afirmou o dirigente.

Em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, áreas ocupadas por Israel desde 1967, vivem cerca de 500 mil judeus, em assentamentos que a ONU considera ilegais.

A atual presidente do CDH, a uruguaia Laura Lasserre, disse que não tinha recebido comunicado oficial de Israel, mas lamentou o afastamento do país do CDH,
"É do interesse de Israel cooperar com o CDH nessa investigação, para explicar suas políticas e ações", comentou a Laura Lasserre.

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Jornal da Paraíba

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