Jovem assume que matou Vanessa para roubar celular, diz delegado

Karoline Zilah

Está preso temporariamente, por 30 dias, o acusado de matar a estudante Vanessa Maria de Oliveira, de 19 anos, cujo corpo foi encontrado em um matagal no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, em julho do ano passado. O delegado Alan Murilo Terruel anunciou na terça-feira (29) à noite que Jonata Vieira da Nóbrega, de 25 anos, teria confessado o assassinato. O motivo seria o roubo de um celular.

Segundo o investigador, o acusado confessou o crime depois que uma série de provas foi apresentada durante seu depoimento. Todo a movimentação das ligações feitas por ele com o celular de Vanessa foi rastreada, e o relatório foi entregue pela operadora de telefonia à Polícia Civil.

"Ele chegou a usar o telefone da vítima no local onde o corpo dela foi encontrado. Apresentamos a ele uma junção de provas técnicas: o caminho percorrido pelo assassino, os endereços por onde ele passou, um levantamento de vestígios apurados pelos agentes de investigação. Ele não teve como negar", declarou Terruel.

A prisão aconteceu na última segunda-feira (28). Ainda conforme o delegado, Jonata chegou a fugir e se esconder em Pernambuco, mas acabou retornando a João Pessoa.

O anúncio do desfecho do caso só foi feito depois que o acusado prestou depoimento e voltou ao local do crime com a Polícia Civil para fazer uma reconstituição. Todo o processo foi acompanhado por uma parente de Vanessa, a prima Fernanda Simone. Ela também esteve presente na reconstituição.

De acordo com o delegado, o homem teria confessado que seguiu Vanessa quando ela desceu de um ônibus em direção à sua casa. Como ela estava sozinha, ele teria resolvido roubar seu celular, obrigando-a a ir até o matagal em Jaguaribe. Devido à reação da moça, ele teria dado um golpe em seu pescoço, matando-a. Segundo Jonata, ele já teria visto a estudante outras vezes e percebeu que ela sempre estava desacompanhada, o que influenciou em sua decisão de assaltá-la.

No último dia 15 de março, o próprio delegado anunciou a prisão de um homem que teria confessado a autoria do assassinato da jovem. O rapaz, no entanto, foi liberado por não haver provas suficientes. Seu depoimento era superficial, segundo Terruel, enquanto Jonata apresentou 'riqueza de detalhes' sobre o crime.