Juiz dispensa testemunhas do caso Tozzi durante julgamento

Da Redação
Com Valéria Sinésio

O juiz Salvador de Oliveira Vasconcelos dispensou as testemunhas, de defesa e acusação, de serem ouvidas durante o julgamento dos acusados de matar o estudante Adriano Tozzi em 2000 na casa de show Portal das Cores, na praia de Intermares, em Cabedelo. A sessão está acontecendo nesta quinta-feira (24) na 1ª Vara Mista de Cabedelo.

O julgamento começou por volta das 8h40 quando o juiz fez o sorteio do conselho da sentença e em seguida leu a denúncia elaborada pelo Ministério Público em 2004, quando os acusados foram condenados.

Após a leitura, teve início o interrogatório de Hedilberto Ribeiro Leite. Ele confirmou todas as informações contidas na denúncia do MP. Ele disse que conhecia Adriano Tozzi apenas de vista, mas negou ter participado da briga que terminou com a morte do estudante. O rapaz afirmou que não recordava do tumulto, mas soube detalhar com precisão a vestimenta que estava usando no dia do crime.

A família de Adriano está acompanhando o julgamento e em alguns momentos a mãe do estudante balançou a cabeça negativamente, como se discordasse das respostas do acusado.

Quem também será interrogado é Samuel Figueiredo Ferreira Lima, apontado como um dos acusados do homicídio. Por volta das 12h o julgamento deverá ser interrompido para o intervalo do almoço e retornará no início da tarde.

Adiamento

Em dezembro do ano passado os acusados foram apresentados ao júri, mas a sessão foi adiada a pedido de um dos advogados que seria submetido a uma cirurgia. Já o advogado do outro réu, Samuel, renunciou minutos antes.

Condenação

Os réus foram condenados em 2004 pelo júri popular, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba entendeu que os quesitos formulados para o Conselho de Sentença influenciavam os jurados. Por este motivo, anulou o julgamento e determinou que fosse realizada uma nova sessão.

Caso Tozzi

O estudante foi morto no dia 11 de novembro de 2000, durante uma briga que envolveu várias pessoas. Na ocasião, houve um disparo que atingiu Adriano e provocou sua morte. Os acusados aguardaram o julgamento em liberdade