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COTIDIANO

Julgamento do caso Aryane é suspenso e continua no dia 24

Devem ser ouvidas na audiência de instrução e julgamento pelo menos 29 pessoas, no entanto, hoje apenas cinco delas depuseram antes de a sessão ser suspensa.

Publicado em 10/09/2010 às 18:42 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:34

Da Redação
Com Ascom do TJ-PB

Foi suspensa a audiência de instrução e julgamento do processo em que o estudante Luís Paes de Araújo Neto é acusado pelo assassinato de Aryane Thays Carneiro de Azevedo, ocorrido no dia 15 de abril deste ano. A continuação ficou marcada para o dia 24 de setembro, a partir das 9h, no mesmo local, o 2º Tribunal do Júri.

Ao todo, serão ouvidas 29 pessoas entre testemunhas da acusação, da defesa e declarantes. O réu será ouvido ao final. Após a instrução, o juiz titular do 1º Tribunal do Júri da comarca da Capital, Marcos William de Oliveira, terá condições técnicas e jurídicas para pronunciar, ou não, o acusado. Caso ele seja pronunciado, será julgado pelo Tribunal do Júri.

O juiz ouviu a testemunha Edneide de Souza Silva e os declarantes Jerberson Ramos Carneiro de Lima (primo da vítima), Juliana Macedo Severo de Lucena e Larissa Roberta Jardim Teixeira, ambas amigas de Aryane.

De manhã, a audiência de instrução teve início, quando foi ouvida a declarante Ariadne Thalita Carneiro, irmã de Aryane. Em suas declarações, Ariadne afirmou que não conhecia o acusado nem sabia do relacionamento que a irmã tinha com o réu. Ela também afirmou que a família não tinha conhecimento da gravidez e que ninguém teria motivos para matar sua irmã.

A segunda a ser ouvida, por volta das 11h, foi Ranielli Vasconcelos, a primeira delegada do caso. Ela esteve no local onde o corpo foi encontrado e ouviu o estudante Luís Neto pela primeira vez. Ela era plantonista no dia do crime e deu detalhes de como a jovem foi encontrada e do que foi dito no depoimento do réu. Segundo ela, o acusado se apresentou espontaneamente acompanhado do seu advogado e durante todo o interrogatório estave tranquilo.

De tarde, a sessão teve início com o depoimento do primo de Aryane, Jerberson Ramos, seguido do de Edneide de Souza Silva. De acordo com a testemunha, Aryane costumava frequentar o seu estabelecimento comercial situado no bairro de Jaguaribe, e permanecia por lá, muitas vezes até tarde da noite. Disse ainda que não conhecia Luís Neto.

Na sequência, depôs Juliana Macedo Severo de Lucena. A estudante e amiga da vítima disse que conversou com Aryane, em bate-papo da Internet, no dia em que ela teria sido assassinada. A depoente falou, também, que sabia da gravidez da amiga, pois tinha pago o exame de laboratório que a confirmou. Ela disse ser contra o aborto.

Larissa Teixeira foi a terceira e última a ser ouvida nesta tarde. Ela era amiga de infância de Aryane e também conhecida do acusado. A declarante manteve os depoimentos que deu na fase de inquérito e disse que foi a última pessoa com quem a vítima esteve antes de ir se encontrar com o acusado. Ela afirmou que Aryane teria recebido um telefonema de Luís com número de telefone oculto e teria saído para encontrá-lo.

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Jornal da Paraíba

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