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COTIDIANO

Júri começa e testemunha da Chacina se emociona durante depoimento

Givaldo Farias, diretor do presídio do Róger na época da Chacina, foi feito refém durante a rebelião do presídio.

Publicado em 08/10/2009 às 12:16 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:38

Da Redação
Com MP

O julgamento dos policiais acusados da Chacina do Roger teve início na mannhã desta quinta-feira (7), no 1º Tribunal do Júri, no Fórum Criminal, em João Pessoa. A única testemunha do crime iniciou o depoimento bastante emocionado.

Às 9h45 o juiz Gustavo Pessoa Tavares de Lyra escolheu o júri, composto por quatro mulheres e três homens, e em seguida relembrou toda a Chacina. A única testemunha do caso, Givaldo Farias do Nascimento, diretor da unidade prisional na época do crime, se emocionou bastante durante o depoimento. Givaldo foi feito refém durante a rebelião.

Das 13 pessoas denunciadas pelo Ministério Público, oito compareceram ao júri. Todos os réus presentes são da Polícia Militar da Paraíba. A previsão é que o julgamento termine no início da noite.

Os policiais acusados são Jorge Henrique Souza Uchôa, João Batista Guedes, Fábio da Silva Rodrigues, Marcos Araújo Guedes, Ginaldo da Silva Guedes, José Carlos Silva da Cruz, Cleidson Ferreira da Silva e Luiz Carlos Ferreira de França.

Ainda como réus estão Raimundo Nonato de Freitas, foragido; Claudemir José de França, falecido; Sandro Araújo da Silva, falecido; Vanderlan Alves Holanda (falecido) e Cleginaldo Alves Severiano, que não compareceu ao julgamento pelo fato da Defensoria Pública se encontrar em greve.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a Chacina do Roger aconteceu no dia 29 de julho de 1997, por volta das 17h, e teve como pano de fundo encerrar uma rebelião de detentos no interior do Pavilhão 4, presídio do Róger. Naquela tarde, os presos ameaçaram de morte e fizeram reféns o então diretor do presídio, agentes penitenciários e apenados, que auxiliavam na administração do presídio. Oito detentos foram mortos.

A conclusão do Relatório Médico-Legal disse que “houve, sim, um massacre, uma chacina, um trucidamento com todos os requisitos de crueldade e insânia”. Já a defesa dos acusados sustenta que são inverídicas e injustas as acusações que constam no processo e que, por ocasião do Júri Popular, vai rebater cada uma delas.

Imagem

Jornal da Paraíba

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