COTIDIANO
Justiça de SP vai ouvir nesta quinta mais testemunhas do caso Eloá
Audiências fazem parte da retomada do processo sobre morte da jovem. Justiça irá decidir novamente se Lindemberg irá a júri popular.
Publicado em 07/04/2011 às 7:50
Do G1
A Justiça de São Paulo deve ouvir nesta quinta-feira (7) nove testemunhas do processo sobre a morte de Eloá Pimentel, ocorrida em outubro de 2008. As audiências ocorrem para decidir se Lindemberg Alves Fernandes, ex-namorado da vítima, irá a júri popular pelo assassinato da adolescente.
Os depoimentos desta quinta ocorrerão no Fórum de Santo André, no ABC. As testemunhas são de defesa e não há previsão de Lindemberg ser ouvido. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não divulga detalhes sobre as testemunhas.
Eloá morreu após um sequestro de mais de cem horas no apartamento em que vivia com a família em Santo André, no ABC, em 17 de outubro de 2008. Em março deste ano, a Justiça começou a ouvir testemunhas, entre elas a estudante Nayara Rodrigues, que era amiga de Eloá e também foi feita refém por Lindemberg.
A jovem falou durante uma hora e 25 minutos sem a presença de Lindemberg. Ela pediu para que ele saísse da sala. A adolescente descreveu como foram os dias em que ela e a amiga foram mantidas reféns ex-namorado da vítima.
Júri popular
Numa audiência anterior, em janeiro de 2009, a Justiça paulista tinha determinado que Lindemberg fosse submetido a júri popular. O julgamento dele chegou a ser marcado para 21 de fevereiro deste ano, mas foi cancelado em novembro do ano passado. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou todo o trabalho feito pela Justiça paulista após recurso impetrado pela defesa do réu. O STJ considerou haver falhas de procedimento na audiência que antecedeu a decisão de levá-lo ao julgamento. Segundo o órgão, as falhas acabaram comprometendo a defesa de Lindemberg.
Por este motivo, o processo a que ele responde voltou à estaca zero e está sendo refeito. O juiz José Carlos de França Carvalho Neto precisará ouvir novamente as testemunhas de acusação e de defesa, os advogados das partes, o Ministério Público e o réu. Depois disso, o juiz irá decidir se o processo será arquivado ou se Lindemberg será submetido a júri popular.
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