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COTIDIANO

Justiça decreta prisão de Gusttavo Lima em investigação sobre fraudes com bets

Prisão de Gusttavo Lima foi determinada pela Justiça de Pernambuco no âmbito da Operação Integration.

Publicado em 23/09/2024 às 15:40 | Atualizado em 23/09/2024 às 17:57


				
					Justiça decreta prisão de Gusttavo Lima em investigação sobre fraudes com bets
Gusttavo Lima se apresenta nesta quarta-feira (12) na abertura do São João 2024 de Santa Rita.. Gusttavo Lima/reprodução

A Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão do cantor Gusttavo Lima. A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo Bets, pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.

A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.

O Ministério Público de Pernambuco também tinha recomendado que os processos nos quais o cantor estava envolvido fossem transferidos para a Justiça da Paraíba.

Prisão tem relação com empresário paraibano

O jornal Folha de São Paulo teve acesso aos detalhes da decisão da Justiça determinando a prisão de Gusttavo Lima. A juíza afirma que existem indícios que na volta de viagem à Grécia, Gusttavo Lima ajudou José André da Rocha Neto, paraibano dono da Vai de Bet, e a esposa, ambos alvos da investigação, a fugirem.

"É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", escreveu a juíza.

O empresário paraibano José André da Rocha Neto teve quase R$ 200 milhões bloqueados pela Justiça durante operação que investiga o crime de lavagem de dinheiro envolvendo apostas ilegais no Brasil. Rocha Neto teve a prisão preventiva decretada, e é considerado foragido.

Entre os possíveis esquemas de lavagem dinheiro envolvendo o empresário paraibano, segundo as investigações da Polícia Civil de Pernambuco, está a compra de uma aeronave que pertencia originalmente à empresa Balada Eventos e Produções, de propriedade do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

A compra estaria sendo realizada em nome da JMJ Participações, outra das empresas do empresário paraibano. Ele nega qualquer irregularidade. A defesa de Rocha Neto disse após a operação que "não há qualquer indício de sua participação em atos ilícitos e que seu patrimônio é declarado e regular".

Imagem

Mabel Pontes

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