Justiça ouve acusados de compra de votos no caso Concorde

Da Redação

Os seis acusados de compra de votos no caso que ficou conhecido como “caso do Edifício Concorde” começam a ser ouvidos nesta sexta-feira (13). O processo, que corre em segredo de Justiça, é referente a uma apreensão feita pela Polícia Federal, às vésperas do segundo turno das eleições de 2006, em uma das salas do Edifício Concorde, localizado na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa.

Durante a ação policial, foram apreendidas várias contas de água e luz e aproximadamente R$ 304 mil em dinheiro, que no momento da entrada da polícia foi jogado pela janela da sala. Os acusados estariam pagando as contas em troca de votos para a coligação encabeçada pelo ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB)

Para o promotor Amadeus Lopes, representante do Ministério Público, a audiência irá comprovar o que foi apurado no inquérito policial. Amadeus Lopes afirmou que depoimentos de testemunhas comprovam que houve a participação dos seis denunciados no esquema de compra de votos.

O primeiro a ser ouvido é o empresário Olavo Cruz de Lima (foto). Ainda hoje devem ser ouvidos Carla Renata de Melo Perazzo (esposa de Olavo), Abílio de Barros Carício Neto, Marcos Antônio de França Neto, José Marcelo Soares da Silva e Flávio Pereira Silva do Nascimento.

O advogado Rodrigo Farias, responsável pela defesa de Olavo Cruz, se disse confiante em provar a inocência do empresário, mas afirmou que não podia dar detalhes sobre a defesa porque o processo corre em segredo de Justiça. Os acusados estão sendo ouviodos pelo juiz Aluísio Bezerra, na 64ª zona eleitoral.