COTIDIANO
Justiça permite que 200 detentos durmam em casa após incêndio
Incêndio na Casa de Albergue em Campina Grande aconteceu na sexta-feira quando policiais inspecionavam local em busca de armas e drogas. Estrutura ficou comprometida.
Publicado em 03/05/2010 às 7:58
Karoline Zilah
Com informações de Lucy Lima, da TV Paraíba
Cerca de 200 presidiários do regime semiaberto da Casa de Albergue, no bairro do Catolé, em Campina Grande, ganharam o direito de dormir em casa depois que uma rebelião seguida de incêndio destruiu parte da instituição na noite da última sexta-feira (30). Durante todo o fim de semana, os galpões da casa permaneceram fechados. Do lado de fora, era possível ver os vestígios da destruição: roupas, calçados e objetos pertencentes aos detentos ainda estavam espalhados pelo chão.
A confusão teve início quando a diretoria iniciou uma vistoria determinada pela Justiça em busca de armas e drogas. O tenente-coronel Marcos Marconi, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, disse que os presos são os responsáveis pelo incêndio. Já os detentos afirmaram à reportagem da TV Paraíba que os policiais causaram as chamas ao lançar bombas para conter os ânimos.
A Justiça autorizou que os presos fosse dormir em casa até que a situação seja resolvida. É que o fogo comprometeu a estrutura dos galpões e danificou parte do telhado. O Corpo de Bombeiros controlou as chamas. O laudo que deve apontar as causas do incêndio deve sair em 15 dias. Ainda não há previsão para os detentos voltem à Casa de Albergue.
Mesmo em meio à confusão, a polícia ainda conseguiu apreender armas, drogas e bebidas alcoólicas no local. O coronel Marcos Marconi informou na reportagem da TV Paraíba que o caso está com a juíza Ailza Fabiana, da 6ª Vara de Execuções Penais, mesma responsável por determinar a vistoria nos galpões. Ela é quem vai decidir se os presos retornarão à Casa de Albergue ou para algum local temporário.
Dois presos ficaram feridos durante o incêndio. Um deles, Paulo Roberto de Sousa, continua internado no Hospital Regional de Campina Grande. Ele sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus em várias partes do corpo, mas apresenta estado de saúde regular.
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