COTIDIANO
Justiça reconsidera decisão e libera funcionamento do WhatsApp
Decisão foi do desembargador Ricardo Múcio Santana, que atendeu pedido dos advogados da empresa. Funcionamento de voltar após notificação das operadoras.
Publicado em 03/05/2016 às 14:34
O WhatsApp conseguiu obter uma decisão favorável da Justiça de Sergipe e reverteu o bloqueio no Brasil imposto desde segunda-feira (2). O desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima deferiu um pedido de reconsideração dos advogados da empresa .
Com a nova decisão, o serviço deve voltar a funcionar assim que as operadoras forem notificadas e fizerem ajustes em sua rede de telefonia.
O bloqueio de 72 horas teve início às 14h de segunda-feira (2), após decisão do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público.
O juiz é o mesmo que em março ordenou a prisão do vice-presidente na América Latina do Facebook, Diego Dzodan, sob motivação igual: o aplicativo não cedeu à Justiça informações e mensagens relacionadas a uma investigação sobre tráfico de drogas.
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou que o bloqueio do WhatsApp em todo o país é uma medida desproporcional porque acaba punindo os usuários do serviço. “O WhatsApp deve cumprir as determinações judiciais dentro das condições técnicas que ele tem. Mas, evidentemente o bloqueio não é a solução”, disse.
Por meio de nota divulgada ontem, o WhatsApp se disse desapontado com a decisão da Justiça brasileira: "Depois de cooperar com toda a extensão de nossa capacidade com os tribunais brasileiros, estamos desapontados que um juiz de Sergipe decidiu, mais uma vez, ordenar o bloqueio de WhatsApp no Brasil. Esta decisão pune mais de 100 milhões de brasileiros, que dependem do nosso serviço para se comunicar, administrar seus negócios e muito mais, para nos forçar a entregar informações que afirmamos repetidamente que não temos."
Durante a noite de segunda , o desembargador Cezário Siqueiro Neto tinha negado um recurso e mantido o bloqueio do aplicativo por três dias.
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