COTIDIANO
Laudo comprova violência dentro de carro de acusado, diz delegada
Laudo do IPC foi divulgado nesta quarta-feira (16). Ele mostra que fios de cabelo encontrados em carro de estudante eram de Aryane Thays e eles não cairam de forma natural.
Publicado em 18/06/2010 às 14:40
Da Redação
Mais um laudo foi anexado ao inquérito do crime que ficou conhecido como caso Aryane. Nele fica comprovado que os fios de cabelos encontrados dentro do carro do único suspeito são da estudante Aryane Thays. O laudo mostra ainda que três dos fios examinados foram arrancados do couro cabeludo da vítima.
De acordo com Iumara Gomes, delegada responsável pelo caso, esse laudo comprova que houve violência dentro do carro do suspeito. “Esses cabelos poderiam ter sido arrancados quando a estudante estava sendo enforcada”, afirmou a delegada. Ela disse ainda que o resultado do laudo é mais um indício que aponta o estudante de Direito Luís Paes de Araújo Neto, 23 anos, como autor do crime.
O diretor da Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), Antônio Toscano, explicou que os três fios de cabelo examinados pelo IPC tinham a presença do bulbo. Segundo o diretor, esse bulbo demonstra que os fios não caíram naturalmente.
Luís Paes ficou detido 59 dias na Carceragem da Central de Polícia em João Pessoa. Nesta quinta-feira (17), prazo final da prisão temporária, o juiz Marcos William do 1º Tribunal do Júri negou o pedido de prisão temporária e o estudante ganhou liberdade.
Exumação
Sobre o resultado da exumação do corpo de Aryane, o diretor do Gemol informou que ele já foi encaminhado, às 11h desta sexta, para a delegada responsável pelo caso. Já a delegada informou que até o momento não recebeu os documentos.
Lembre o caso
O corpo de Aryane Thaís foi encontrado na manhã do dia 15 de abril, abandonado no Km 30 da BR-230. A delegada Iumara Gomes, que investigou o caso, disse que ela não foi morta no local onde foi encontrada e que ela teria sido vítima de estrangulamento por asfixia provocado por algum objeto.
Ex-namorado da estudante, Luís Neto foi apontado como o principal suspeito, por ter sido visto conversando com a jovem no bairro do Jaguaribe na noite do crime. Ele ainda teria saído de carro com ela poucas horas antes da vítima ter sido assassinada.
Aryane foi encontrada morta com um exame positivo de gravidez em seu nome que estava dentro do bolso de sua calça. Luís Neto mantinha um namoro secreto com a menina há três meses e ela tinha se encontrado com ele justamente para avisar que estava grávida. Para a polícia, o crime aconteceu depois de uma briga que o casal teve justamente ao discutir o futuro da gravidez.
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