COTIDIANO
Lutando por justiça
Manifesto contra a violência, reuniu na praça dos três poderes familiares e amigos de três jovens assassinados na capital.
Publicado em 11/02/2012 às 6:30
Amigos e familiares de três jovens assassinados em João Pessoa realizaram ontem um manifesto contra a violência, na Praça João Pessoa, no Centro, em frente ao Tribunal de Justiça do Estado. Com faixas e cartazes mostrando fotos do corretor de imóveis Daniel Guimarães, do professor Rafael de Paiva Freitas Patriota e do funcionário público Bruno Ernesto do Rêgo Moraes, os protestantes pediram justiça e chamaram a atenção das autoridades para o aumento da criminalidade no Estado.
Daniel e Rafael morreram juntos, no dia 15 de dezembro, quando transitavam de moto no bairro do Cabo Branco. O responsável pelas mortes ainda está solto. Já Bruno Ernesto foi sequestrado e morto na última terça-feira por uma quadrilha especializada em roubo de carros. Quatro adolescentes foram apreendidos e três homens foram presos acusados de participação no crime. A polícia ainda acredita que existam mais pessoas envolvidas e prossegue com as investigações. “Não aguentamos ver tanto crimes e ninguém fazer nada. Meu filho tinha apenas 27 anos, estava no começo da vida e foi cruelmente assassinado, sem dó nem piedade”, afirmou José Patriota, pai de Rafael Patriota.
Visivelmente emocionada, a estudante Gabriela Lucena, que era namorada de Daniel Guimarães, não conseguiu conter as lágrimas e evitou falar do jovem. A mãe dela, Adriana Lucena, disse que o acidente deixou duas famílias em estado de choque. “Minha filha chora direto por causa disso. Ainda não conseguiu se recuperar. Além da dor de perder uma pessoa que estava começando a viver, a gente tem que aguentar essa impunidade”, lamentou.
Daniel e Rafael estavam em uma moto que foi atingida por uma caminhonete guiada por Victor Souto Rosa. Com o impacto da colisão, parte da placa do veículo ficou presa à motocicleta.
Segundo Adriana Lucena, o suspeito causou a morte dos rapazes de forma proposital.
“Ele passou o carro em cima da moto por várias vezes, na intenção mesmo de matar. Isso já faz dois meses que aconteceu e o pior é que essa pessoa ainda não foi presa.
Estamos pedindo Justiça, porque isso pode acontecer com qualquer pessoa”, disse.
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