COTIDIANO
Mãe monitora rede social por 6 meses e encontra suspeito de matar o filho dela
Maria José descobriu que o homem estava vivendo em Curitiba com um nome falso. Suspeito foi preso e transferido para João Pessoa.
Publicado em 24/07/2015 às 15:01
A dona de casa Maria José utilizou as redes sociais para monitorar e encontrar o suspeito de ter assassinado o filho dela em 2013. O suspeito estava morando na cidade de Curitiba, no Paraná, e foi preso em maio deste ano após ter sido localizado pela mãe da vítima. A informação, entretanto, só foi divulgada nesta sexta-feira (24), quando o suspeito chegou à Paraíba.
A vítima, Egon Davilly de Lima, de 25 anos, foi baleada dentro de um bar no bairro de Mangabeira em abril de 2013, e morreu dias depois no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo a família do jovem, o crime teria sido motivado por ciúmes de Yargo Hermann Camara de Sousa, de 23 anos, que tinha visto uma amiga conversando com Egon.
Duas pessoas que teriam ajudado o suspeito a fugir foram presas na época. Apesar do mandado de prisão expedido contra ele, o suspeito não foi encontrado. Foi então que Maria José resolveu investigar o crime por conta própria e descobriu que Yargo usava um nome falso pelas redes sociais e que morava em Curitiba.
“Eu não me desgrudava do celular, dia e noite, sempre procurando ver o que estava acontecendo. Entrei também no Facebook da esposa dele, e ela postou umas fotos em Curitiba. Eu tinha informações de que ele estava lá, e estas fotos confirmaram minha suspeita”, disse a mãe de Egon.
O foragido estava trabalhando como segurança de um cantor sertanejo. Maria José acompanhou por seis meses as redes sociais do cantor para acompanhar as cidades que o assassino do filho visitava com o artista. Após juntar as provas, ela procurou o Ministério Público e pediu a prisão do jovem. “Falei com promotor de Justiça e ele disse que ia atender o pedido. Mandou todo o material que eu tinha para o Ministério Público em Curitiba e lá eles conseguiram prendê-lo três dias depois”, explicou Maria José.
Yargo passou 72 dias preso na capital paranaense e foi transferido para João Pessoa na madrugada desta sexta. Ele chegou de avião com os agentes da polícia e foi levado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, no Roger.
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