COTIDIANO
Manifestações matam 35 na Síria
O objetivo seria colocar à prova as forças de segurança do regime do ditador Bashar al Assad.
Publicado em 31/12/2011 às 8:00 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:29
Em meio à visita da Liga Árabe, milhares de manifestantes civis saíram às ruas de mais de 18 províncias da Síria, em um dos maiores protestos desde o início da revolta popular. O objetivo seria colocar à prova as forças de segurança do regime do ditador Bashar al Assad para demonstrar aos monitores árabes a gravidade da repressão que, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), já deixou mais de 5.000 mortos.
Estimativas de ONGs internacionais como a Avaaz, que mantém ativistas na Síria, e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, estimam que ao menos 35 pessoas morreram durante confrontos só nesta sexta-feira. Mais de meio milhão de civis foram às ruas, sendo 100 mil somente na cidade de Homs.
Cerca de 250 mil se reuniram depois das tradicionais orações muçulmanas de sexta-feira na província de Idlib, em 74 locais diferentes. "Esta sexta é diferente de outras sextas. É um passo transformador. As pessoas estão ansiosas em alcançar os monitores e contar seu sofrimento a eles", disse o ativista Abu Hisham em Hama.
Os protestos, iniciados em março, ganharam fôlego com a visita dos monitores do bloco regional, e tomaram as ruas de todo o país, em locais como a capital, Damasco, além de Homs, Hama e Idlib, pontos que vêm registrando intensos confrontos.
OBSERVAÇÃO
Um observador da Liga Árabe disse ontem à multidão enfurecida na Síria que o trabalho de sua equipe é apenas observar, e não ajudá-los a retirar do poder o ditador Bashar al Assad, contra o qual se rebelam há nove meses, conforme reportagem da emissora Al Jazeera.
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