Maranhão considera normais as adesões de ex-aliados a Ricardo

Karoline Zilah

O governador candidato à reeleição pelo PMDB, José Maranhão, considera normais as adesões de ex-aliados seus a Ricardo Coutinho (PSB), seu concorrente no segundo turno das eleições. Em entrevista ao telejornal JPB 2ª Edição, das TVs Cabo Branco e Paraíba, ele considerou que o 'processo de fluxo e refluxo' de apoio aos candidatos faz parte da campanha eleitoral. Nesta semana, dois ex-prefeitos do PMDB firmaram parceria com Coutinho.

Contudo, Maranhão ressaltou que está recuperando seu quadro de adesões e que, até o fim desta semana, fará uma solenidade revelando os novos apoios recebidos.

O momento, aliás, é de reação para o candidato. Ele disse que não sofreu uma surpresa total ao ficar em segundo lugar na contagem dos votos, ponderando que as pesquisas que apontavam sua vitória não podem ser concebidas fato definitivo, apesar de seus graus de credibilidade. “Estou lutando para superar esse resultado e ganhar a eleição”, comentou.

Com relação às propostas de governo, Maranhão falou sobre os setores de segurança pública, educação e economia. Para combater a criminalidade crescente, o candidato falou que decidiu implantar no Estado o piso nacional salarial para policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários. A medida seria possível por meio da Proposta de Emenda Constitucional conhecida como PEC 300, que tramita no Congresso Nacional.

Segundo ele, o aumento salarial seria pago pela própria Receita do Estado. Ricardo, ao contrário, propôs em entrevista no dia anterior que a verba para cobrir o aumento venha de um fundo nacional. Ele argumentou que a atual receita já excede o percentual permitido com folha de pessoal, o que não possibilitaria pagar o aumento causado pela PEC com fundos do Estado.

Para Maranhão, a adoção do reajuste seria um modo de “motivar a polícia a trabalhar com mais entusiasmo, zelo e dedicação”, além dos investimentos já feitos em viaturas, armamentos e capacitação de pessoal.

Educação

Na área de educação, a alternativa de desenvolvimento apontada por José Maranhão é o investimento em escolas de nível médio profissionalizante para que os jovens possam ingressar no mercado de trabalho. Ele argumentou que a alta taxa de analfabetismo da Paraíba seria uma 'herança' de governos anteriores que não teriam investido no setor. Para reverter este quadro, o projeto do candidato é investir em estrutura física, capacitação de professores e piso salarial nacional.

Micro e pequenas empresas

Outro ponto abordado pelo candidato na entrevista foi a situação das micro e pequenas empresas do Estado. José Maranhão disse que vai apostar na concessão de microcréditos e na simplificação do registro comercial. Ele também falou sobre a criação de uma central de comercialização dos produtos advindos de empresas de micro e pequeno porte.