COTIDIANO
Maranhão é breve sobre transição e evita responder aos jornalistas
Na primeira aparição após derrota nas urnas, governador transforma entrevista em pronunciamento. Ele abordou obras de sua gestão e se limitou a garantir transição tranquila.
Publicado em 05/11/2010 às 12:50 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:34
Da Redação
O que deveria ter sido uma entrevista coletiva transformou-se em pronunciamento. Em cerca de 20 minutos de discurso, o governador José Maranhão (PMDB), derrotado nas urnas ao tentar a reeleição, evitou falar sobre o resultado do pleito e foi breve ao abordar o período de transição de Governo. Ele apenas garantiu que a transição será tranquila, porque deseja a continuidade das obras e do desenvolvimento do Estado.
Esta foi a primeira aparição pública que Maranhão fez após o segundo turno eleitoral. Depois de mais de uma hora de atraso, ele falou e saiu sem atender à imprensa. O governador deixou sem respostas os questionamentos sobre seu futuro e evitou assuntos delicados. Também não deu detalhes sobre o processo de transição de Governo para Ricardo Coutinho (PSB).
No discurso, o peemedebista fez um balanço da própria história política. Disse que abandonou o sonho pessoal de ser engenheiro aeronáutico para se dedicar a advocacia e a vida pública, com "clareza de qual era minha maior meta". Destacou o período difícil que viveu durante a ditatura militar, quando "tive os direitos tirados de forma brusca. Tracei uma meta, tracei um sonho. Paraíba seria o cenário onde escreveria a história da minha vida".
Depois de destacar algumas das obras feitas pela sua gestão, como a construção da adutora translitorânea, do congo II, a retomada do centro de conveções, ele disse que o seu compromisso a partir de agora é com continuidade do desenvolvimento do Estado. O governador ressaltou que o seu governo vai até o dia 31 de dezembro. Sobre a postura a partir do do próximo ano, disse que "não abriremos mão da nossa responsabilidade. Representamos mais de 930 mil pessoas que acreditaram nas nossas propostas e vamos fazer valer o nosso espaço".
Maranhão limitou-se a falar sobre os investimentos, mas não explicou detalhes sobre a atual situação econômica do Estado. Essa missão foi passada para o controlador geral do Estado, Roosvelt Vita, que respondeu às perguntas dos jornalistas.
Sobre a transição do governo, Vita disse que até o momento do pronunciamento ele não havia sido procurado ainda por nenhum representante de Ricardo Coutinho. Explicou que essa equipe só será definida depois de saber quem é a do governador eleito. Mas destacou que a transição vai ser normal e transparente.
O controlador explicou ainda que RC irá receber o governo com mais de 380 bilhões de reais em caixa disponível. Falou que a aprovação da PEC foi uma ação planejada e que os recursos estão previstos. Desmentiu qualquer possibilidade de o governo não pagar o 13º e o salário de dezembro do funcionalismo.
A respeito do endividamento do Estado e a despesa com pessoal, o controlador destacou que ela pode ser consultado no portal da transparência do governo e concluiu que as contas estão equilibradas. Mas quando questionado sobre o cumprimento da lei de responsabilidade fiscal, Vita se defendeu dizendo que "o Tribunal de Contas do Estado desrespeita bem mais do que o governo. O máximo para eles é de 0,9% da receita corrente líquida e eles gastam 2,2%".
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